A Inteligência Artificial na Educação Brasileira: uma análise a partir da concepção do colonialismo digital

Abstract

O uso de tecnologias computacionais no ambiente escolar não é uma inovação recente na educação, pois o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 já previa a inclusão dessas ferramentas nas práticas pedagógicas. A pandemia da COVID-19 intensificou a utilização de recursos tecnológicos, transformando a dinâmica do ensino, com os professores adotando plataformas de videoconferência e ferramentas de aprendizagem online. Nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) tem se destacado como um recurso importante, especialmente a IA generativa, como o ChatGPT. No entanto, essa expansão tecnológica requer uma análise crítica, particularmente sob a ótica do colonialismo digital, que evidencie as relações assimétricas de poder e a potencial amplificação das desigualdades por meio da tecnologia. Este estudo tem como objetivo compreender os impactos na inteligência artificial na educação brasileira à luz do colonialismo digital. Por meio de uma revisão qualitativa da literatura, foram analisados artigos recentes de 2019 até o presente sobre os impactos da IA na educação, com foco nos avanços, desafios e perspectivas para a implementação ética e efetiva dessa tecnologia. A pesquisa investiga como a IA está transformando o papel do professor e redefinindo as práticas educacionais, ao mesmo tempo em que levanta questões éticas, como falta de transparência, privacidade do aluno e a reprodução de desigualdades inerentes à dominância.