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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62617
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Título : | Saberes-fazeres mobilizados por professoras consideradas boas alfabetizadoras : contribuições para a aprendizagem da leitura e da escrita por estudantes do Ensino Fundamental e as razões para seu reconhecimento social pela comunidade escolar |
Autor : | SOUZA, Maria Geiziane Bezerra |
Palabras clave : | Professores alfabetizadores; Saberes-fazeres; Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita; Reconhecimento social pela comunidade escolar; Boas alfabetizadoras |
Fecha de publicación : | 10-mar-2025 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | SOUZA, Maria Geiziane Bezerra. Saberes-fazeres mobilizados por professoras consideradas boas alfabetizadoras: contribuições para a aprendizagem da leitura e da escrita por estudantes do Ensino Fundamental e as razões para seu reconhecimento social pela comunidade escolar. 2025. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Resumen : | Neste trabalho, nosso objetivo foi o de compreender os saberes-fazeres mobilizados por professoras consideradas boas alfabetizadoras, com vista ao ensino da leitura e da escrita, suas contribuições para a aprendizagem de estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental e as razões para o reconhecimento social de professores/as como profissionais eficientes, pela comunidade escolar. Dialogamos com estudiosos como Morais (2012; 2019), Soares (2016; 2020) e Mortatti (2000), ao discutir sobre os percursos históricos da alfabetização; e com autores como Tardif (2000), Certeau (2014), Chartier (2007) e Sales (2012), para refletir sobre os saberes-fazeres docentes. Trata-se de uma pesquisa composta por dois estudos, que emergiram em torno dos nossos objetivos específicos. No primeiro estudo, objetivamos: a) Identificar professores/as considerados/as bons/boas alfabetizadores/as pela comunidade escolar; b) Analisar as razões para o reconhecimento social das professoras mais indicadas; c) Mapear os perfis socioprofissionais das docentes que se sobressaíram nas indicações; d) Analisar, ao fim do ano letivo, os desempenhos em leitura e escrita dos/as alunos/as das professoras mais apontadas como boas alfabetizadoras. Para tanto, aplicamos questionários com diferentes segmentos da comunidade escolar, de uma rede municipal de ensino, do interior de Pernambuco, e realizamos, ao fim do ano letivo de 2019, atividades diagnósticas de leitura e escrita, para analisar os desempenhos apresentados pelos/as alunos/as de sete turmas, do 1o ao 3o ano do ensino fundamental, cujas professoras foram mais recorrentemente apontadas como eficientes pela comunidade escolar. Os dados foram tratados a partir da análise de conteúdo, na perspectiva de Bardin (2004), e nos mostraram que as motivações para as indicações de boas alfabetizadoras pela comunidade escolar eram híbridas e remetiam aos saberes-fazeres que pareciam ser mobilizados pelas docentes, mas também ao saber-fazer (ter competência para alfabetizar) e ao saber-ser. Constatamos que havia considerável diferença entre os resultados das crianças dos mesmos anos/séries nas atividades de leitura e escrita aplicadas, embora todas as docentes tivessem sido indicadas como eficientes. Contudo, apenas duas professoras obtiveram resultados pouco satisfatórios com suas turmas, na apropriação do SEA. As performances das crianças evidenciaram, ainda, que as profissionais com mais indicações em relação às demais, de fato foram mais bem-sucedidas. Não obstante, ressaltamos que é preciso considerar que a relação entre número de indicações e o sucesso no ensino não parece ser uma relação sempre verificável. O estudo II contou com o protagonismo das duas alfabetizadoras cujas turmas alcançaram os melhores desempenhos nas atividades aplicadas em 2019, e teve como objetivos específicos: 1) identificar e analisar os saberes-fazeres mobilizados pelas professoras para o ensino: a) da consciência fonológica; b) das letras do alfabeto; c) da leitura e da escrita de palavras; d) da leitura e da compreensão e da produção de textos escritos; 2) mensurar e analisar os percursos de aprendizagens dos/as alunos/as em relação às letras do alfabeto, à consciência fonológica, à leitura e à escrita de palavras e à leitura e compreensão de textos escritos, frente aos saberes-fazeres mobilizados pelas professoras; e 3) analisar e comparar: a) os perfis de entrada de estudantes no 2o ano do ensino fundamental, nos contextos pré e pós-pandemia de Covid-19, quanto à aprendizagem da escrita de palavras; b) os perfis de saída de estudantes do mesmo ano/série, nos contextos pré e pós-pandemia de Covid-19, quanto à aprendizagem da leitura e da escrita de palavras e da leitura e compreensão de textos escritos. A propósito, realizamos entrevistas semiestruturadas e observação das aulas das professoras, em três períodos do ano letivo de 2022, aplicando, ainda. atividades diagnósticas de consciência fonológica, nomeação das letras do alfabeto, leitura e escrita de palavras, e leitura e compreensão de textos escritos, com as duas turmas. Os resultados do estudo II revelaram uma série de saberes-fazeres mobilizados pelas alfabetizadoras, em meio às escassas oportunidades de formação continuada, evidenciando que elas: tateavam maneiras de alfabetizar letrando, ainda que investissem mais na “faceta linguística” da língua escrita; compreendiam a necessidade de ensino sistemático do sistema alfabético; e entendiam que é necessário que, na escola, os/as estudantes tenham a oportunidade de ler e compreender textos de diferentes gêneros. Distanciamentos entre os saberes-fazeres também foram evidenciados, principalmente quanto aos eixos de ensino que tendiam a priorizar. Os desempenhos das turmas de 2022 corroboraram o reconhecimento das professoras, pela comunidade escolar, enquanto boas alfabetizadoras, em consequência da competência para alfabetizar. Os perfis de entrada no 2o ano, no contexto pós-pandemia, revelaram diferença alarmante quanto aos percentuais reduzidos de escritas alfabéticas, demonstrando que o ensino remoto pouco contribuiu para a superação de hipóteses mais iniciais. Os efeitos disso, ainda refletiam certas lacunas nos perfis de saída do 2o ano, quanto à apropriação do SEA e à aprendizagem da leitura e compreensão de textos escritos, em comparação aos perfis dos pares no contexto pré-pandemia, embora a maioria dos/as alunos/as tivesse avançado significativamente, frente às oportunidades de aprendizagem. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62617 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Educação |
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