Metodologias ativas para a competência leitora do aluno do 9º Ano – séries finais : uma experiência com a Prova Mira

Abstract

Este trabalho surge da preocupação com a busca por estratégias didáticas que regulem condições efetivas para o trabalho pedagógico através da verificação da competência leitora de estudantes do 9o Ano do Ensino Fundamental, diante dos baixos índices de desempenho verificados nos exames nacionais (SAEPE E SAEB) e internacionais (PISA) de avaliação do ensino básico, e especialmente face aos resultados obtidos nos anos de 2000, 2009 e 2012, os quais revelaram estagnação no desempenho dos estudantes. Ainda mais alarmante foi o declínio verificado no exame realizado em 2015, quando o Brasil figurou, então, entre os dez piores países analisados. Diante desse fato, e da demanda sobre os professores da rede pública de ensino de Pernambuco por letramento digital exigido para aplicação da ProvaMira e da utilização da Plataforma FOCO – PE, a presente pesquisa objetivou observar esses dois artefatos digitais para propor a adoção da Metodologia Ativacom a Abordagem Baseada em Equipe (ABE), nos moldes propostos por Mattar (2017), para desenvolvimento da competência leitora dos estudantes. Respalda-se na crença em que a cooperação entre os pares típica da ABE representa uma fundamental estratégia didático-pedagógica para a cultura de aprendizagem na atualidade. Tem, assim, como problema norteador da investigação, caracterizada como pesquisa qualitativa e com abordagem descritiva, refletir sobre o fenômeno da inferência em atividades de leitura, para alunos do 9o ano, série final do ensino fundamental, com a proposição de um modelo didático-pedagógico de interação por meio de tecnologia digital, mais especificamente, pela cooperação entre os pares no interior de ambientes virtuais organizados no GOOGLECLASSROOM e no KAHOOT. Para tanto, a discussão teórica sobre o fenômeno de leitura toma porbase os postulados oferecidos por Marcuschi (1996), Marcuschi e Xavier (2004); Cosson (2014), Leffa (1996) e Rojo (2012) para o ensino de leitura; e Ausubel (1978)para discutir a noção de colaboração e sua relação com o sucesso daaprendizagem, sem desconsiderar os preceitos socioconstrutivistas dos mestresVygotsky e Freire (1983), visto que defendem uma aprendizagem decorrente também de um processo social. Pretende, assim, contribuir com as discussõesacerca da necessária inovação pedagógica relativa à demanda por mais autonomia na aprendizagem e desenvolvimento da competência comunicativa numa perspectiva sociointeracionista.