O desejo de ensinar matemática na visão de professores de uma cidade do Agreste Pernambucano.

Abstract

É compreendido que a profissão de professor é bem desvalorizada financeiramente e profissionalmente, no entanto mesmo diante de pulsantes desafios é notável que muitos sujeitos ainda persistam em lutar pela docência e assim ingressam no curso de Licenciatura. É perceptível também, que existem professores que atuam na rede pública e/ ou privada que são subjetivados de maneiras diferentes a prosseguir ou abandonar a docência por inúmeros fatores. Diante disso, este trabalho objetivou perceber as subjetivações que levaram alguns sujeitos a desejar serem professores de matemática da Educação Básica de uma cidade do Agreste Pernambucano. Para tanto, tomamos como base os estudos de Deleuze (1994), e Guattari (2011) sobre a Filosofia da Diferença, a fim de conhecermos sua relação com o sujeito professor. Bem como trabalhamos com Queiroz (2015) e Pereira (2018) que nos ajudaram a entender quais os desejos desses professores pesquisados. Além disso, a pesquisa se circunscreve como sendo uma proposta de abordagem qualitativa, tendo um questionário composto por 11 questões para a produção de dados, em que foi aplicado a três professores de matemática da cidade que escolhemos para realizar o relatado estudo. E, tendo em vista que o processo de subjetivação é único de cada ser, nossa pesquisa conseguiu compreender os desejos e subjetivações que os sujeitos possuíam/possuem em relação a ser/estar professor de Matemática, sendo o gostar da disciplina a principal motivação, bem como os desafios e limitações que existem na presente forma de ensino, que é a fase remota.