Uma extensão da arquitetura de estações ITS ETSI para comunicação entre aplicações ITS, loT e SOME/IP

Abstract

Atualmente, diversos dispositivos podem se conectar a veículos, como smartphones, relógios inteligentes e outros carros. Sendo assim, tecnologias de comunicação com diferen­tes finalidades serão usadas ao mesmo tempo em veículos, como, por exemplo, Bluetooth Smart, IEEE 802.15.4, IEEE 802.llp e 4G /5G / LTE. Ademais, nas redes intraveicu­lares de próxima geração baseadas em Ethernet, o Middleware Escalável Orientado a Serviço sobre IP (SOME/IP Scalable service-Oriented MiddlewarE over IP) apresenta-se como a solução de middleware orientado a serviços para a transmissão de dados não crí­ticos em uma rede Ethernet automotiva. Através do SOME/IP, dados gerados por nós da rede Ethernet automotiva podem ser consumidos através de requisições orientadas a serviços. Segundo o Instituto Europeu de Normas de Telecomunicações (ETSI European Telecommunications Standards Institute), uma Estação de Sistema de Transporte Inte­ ligente (ITS-S Intelligent Transportation System Station) pode ser qualquer dispositivo que implemente a arquitetura de comunicação ETSI ITS. Uma aplicação ITS tem finali­dades diversas e opera na última camada da arquitetura de comunicação de uma ITS-S. Devido às diferentes tecnologias de comunicação que poderiam ser usadas, é extrema­mente complexo e dispendioso criar aplicações ITS para se comunicarem com dispositivos de Internet das Coisas (IoT Internet of Things) e consumirem dados oriundos da rede Ethernet automotiva. Este trabalho propõe uma extensão da arquitetura de uma ITS-S do padrão ETSI, que provê comunicação entre aplicações ITS, dispositivos loT e nós da rede Ethernet. O objetivo deste trabalho é desenvolver e avaliar a extensão proposta. A avaliação foi realizada através da simulação em OMNeT++ de aplicações ITS que se co­ municam com dispositivos loT e nós da rede Ethernet intraveicular usando SOME/IP. A métrica avaliada foi o atraso fim-a-fim entre a realização de requisições por aplicações ITS e a chegada de suas respostas. Resultados de simulação mostram que a extensão proposta neste trabalho atende as restrições de atraso máximo permitido para a comunicação de dados não-críticos.