Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63409
Compartilhe esta página
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | ARAÚJO, Luiz Henrique Diniz | - |
dc.contributor.author | SILVESTRE, Rafael Siebra Guedes | - |
dc.date.accessioned | 2025-05-27T01:09:28Z | - |
dc.date.available | 2025-05-27T01:09:28Z | - |
dc.date.issued | 2025-03-24 | - |
dc.date.submitted | 2025-04-11 | - |
dc.identifier.citation | SILVESTRE, Rafael Siebra Guedes. Restrições à liberdade de expressão humorística: uma análise a partir da perspectiva das teorias do humor. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Direito) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63409 | - |
dc.description.abstract | O humor é fenômeno de elevada importância cultural, cujo tratamento jurídico enseja controvérsias e perplexidades. Este contexto é bem ilustrado pelas polêmicas de grande abrangência social e midiática envolvendo decisões judiciais que buscam harmonizar a liberdade de expressão humorística com outros valores constitucionais, como honra, intimidade e dignidade humana. As teorias do humor, por sua vez, expressam diferentes hipóteses sobre o que origina o efeito cômico e podem ser empregadas na compreensão das intersecções entre direito e humor, em especial no se refere a suas manifestações na jurisprudência. Um dos empreendimentos mais profícuos nesse sentido foi realizado pela pesquisadora norte-americana Laura E. Little, que percebeu padrão de maior frequência na limitação à liberdade de expressão de acordo com a teoria do humor que melhor explica a manifestação cômica no caso concreto, v.g. o humor baseado nas teorias da superioridade e da liberação é mais comumente restringido juridicamente do que o baseado na teoria da incongruência. A teoria da superioridade, no humor, associa a comicidade a sentimento de triunfo experimentado quando da exposição de falhas naquele que é alvo da manifestação humorística. Já a teoria da liberação, de base psicanalítica, associa o cômico à liberação de energia psíquica ocorrida quando o humor processa temas envoltos por tabus ou amarras sociais. Por último, a teoria da incongruência atribui a comicidade à justaposição de noções incongruentes entre si na piada, o que gera efeito cômico de quebra de expectativa. Esta última teoria é comumente mais associada a efeitos benéficos e é usualmente melhor aceita por indivíduos de diferentes sensibilidades e gostos, fato que explica sua preferência também por parte dos julgadores. Contudo, por ser o humor fenômeno eminentemente multifacetado, nenhuma das teorias possui abrangência e aplicabilidade total. Podem, entretanto, ser utilizadas de maneira conjunta na análise de casos concretos, de maneira que seus pontos cegos possam ser mutuamente supridos. Mas a aptidão das teorias do humor em fornecer um modelo para análise do tratamento jurisprudencial das manifestações cômicas é limitado. Isso ocorre, principalmente, pelo forte grau de subjetivismo que norteia as decisões judiciais sobre o tema, especialmente no Brasil, frente ao contexto teórico sui generis que baseia as tendências da hermenêutica constitucional no país. Dessa forma, a pulverização do consenso, típico das sociedades complexas, cria um paradigma de tratamento jurídico do humor que é mais bem explicado a partir de uma perspectiva jusfilosófica associada ao Realismo Jurídico. | pt_BR |
dc.format.extent | 43p. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights.uri | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ | * |
dc.subject | Liberdade de expressão | pt_BR |
dc.subject | Humor | pt_BR |
dc.subject | Teorias do humor | pt_BR |
dc.subject | Hermenêutica constitucional | pt_BR |
dc.subject | Realismo jurídico | pt_BR |
dc.title | Restrições à liberdade de expressão humorística: uma análise a partir da perspectiva das teorias do humor | pt_BR |
dc.type | bachelorThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | https://lattes.cnpq.br/6527446143143220 | pt_BR |
dc.degree.level | Graduacao | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/4554651719456912 | pt_BR |
dc.description.abstractx | Humor is a phenomenon of great cultural importance, the legal treatment of which gives rise to controversy and perplexity. This context is well illustrated by the controversies of great social and media scope involving court decisions that seek to harmonize freedom of humorous expression with other constitutional values such as honor, intimacy and human dignity. Theories of humor, in turn, express different hypotheses about what gives rise to the comic effect and can be used to understand the intersections between law and humor, especially regarding its manifestations in jurisprudence. One of the most fruitful endeavors in this direction was carried out by the American researcher Laura E. Little. Little, who noticed a pattern of greater frequency in the limitation of freedom of expression according to the theory of humor that best explains the comic manifestation in the specific case, e.g. humor based on the theories of superiority and liberation is more commonly legally restricted than that based on the theory of incongruity. The theory of superiority, in humor, associates comicality with the feeling of triumph experienced when exposing the flaws of the person who is the target of the humorous expression. The liberation theory, on the other hand, is psychoanalytically based and associates comedy with the release of psychic energy that occurs when humor processes topics that are shrouded in taboos or social ties. Finally, the incongruity theory attributes comicality to the juxtaposition of incongruous notions in the joke, which generates a comic effect of breaking expectations. This last theory is more commonly associated with beneficial effects and is usually better accepted by individuals of different sensibilities and tastes, which explains why it is also preferred by judges. However, as humor is an eminently multifaceted phenomenon, none of the theories has total scope and applicability. They can, however, be used together in the analysis of concrete cases, so that their blind spots can be mutually overcome. But the ability of humor theories to provide a model for analyzing the jurisprudential treatment of comic manifestations is limited. This is mainly due to the strong degree of subjectivism that guides judicial decisions on the subject, especially in Brazil, given the sui generis theoretical context that underpins trends in constitutional hermeneutics in the country. In this way, the pulverization of consensus, typical of complex societies, creates a paradigm for the legal treatment of humor that is best explained from a jusphilosophical perspective associated with Legal Realism. | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Áreas::Ciências Sociais Aplicadas::Direito | pt_BR |
dc.degree.departament | ::(CCJ-DDPGP) - Departamento de Direito Público Geral e Processual | pt_BR |
dc.degree.graduation | ::CCJ-Curso de Direito | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.degree.local | Recife | pt_BR |
Aparece nas coleções: | (CCJ) - TCC - Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TCC Rafael Siebra Guedes Silvestre .pdf | 385,25 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons