Seguimento da estratégia AIDPI na prática profissional de enfermeiros egressos de uma universidade pública de Pernambuco

Abstract

Introdução: A Estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância visa melhorar os cuidados infantis e reduzir a morbimortalidade em crianças menores de cinco anos. Enfermeiros precisam dominar sua aplicação, entretanto, a implementação enfrenta desafios, especialmente em países em desenvolvimento. Objetivo: Avaliar a implementação da estratégia AIDPI na prática profissional de enfermeiros egressos. Método: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo realizado de novembro a dezembro de 2023 com 34 enfermeiros egressos de uma universidade pública do Nordeste. A coleta de dados foi realizada de forma remota, com um questionário eletrônico elaborado na plataforma Google Forms. Realizou-se análise descritiva dos dados, com o auxílio do programa SPSS. Resultados: Os participantes do estudo eram predominantemente mulheres entre 25 e 30 anos de idade. Além de Pernambuco, também participaram egressos residentes em outros estados brasileiros, como São Paulo e Minas Gerais, e até mesmo de outros países como Alemanha e Irlanda. Todos os profissionais entrevistados (100%) fizeram o curso AIDPI na própria universidade, com uma taxa de aprovação de 94,1% e 32,4% buscaram atualizações profissionais sobre assistência infantil. A maioria dos participantes (94,1%) concordou fortemente com os benefícios para a saúde infantil proporcionados pela estratégia AIDPI. Os atendimentos na Atenção Básica se concentraram em crianças de três a cinco anos, com infecção respiratória como o motivo mais comum. Durante os atendimentos, diversas ações de enfermagem eram realizadas, indicando uma aplicação sistemática da estratégia. Conclusão: os enfermeiros egressos adotam integralmente a estratégia AIDPI desde a graduação, reconhecendo sua eficácia. A inclusão precoce do protocolo na formação é essencial para uma prática baseada em evidências científicas. Apesar dos benefícios nos atendimentos, existem desafios como falta de recursos e apoio da equipe, o que destaca a necessidade de intervenções específicas para melhorar a efetividade da estratégia e consequentemente a qualidade da assistência de enfermagem à saúde infantil.