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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53557

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Título: Dom Casmurro: entre a forma livre e a estética barroca
Autor(es): CARVALHO, Larissa Caroline Wanderley
Palavras-chave: Machado de Assis; Barroco; Dom Casmurro; forma livre; tradição shandiana
Data do documento: 4-Out-2023
Citação: CARVALHO, Larissa Caroline Wanderley. Dom Casmurro: entre a forma livre e a estética barroca. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras - Licenciatura em Português) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: A recepção das obras machadianas percorreu diferentes etapas conceituais ao passar dos anos. Importantes teóricos compreendem que, após a publicação de Memórias Póstumas, a obra de Machado sofre uma guinada estética, identificada pela adoção da “forma livre”. Neste sentido, cada crítico investiu esforços em apreender como as características dessa nova formalização podem ser índices do projeto literário machadiano. Dialogando com os trabalhos de Sá Rego (1989) e Rouanet (2007), acreditamos que a forma da segunda fase dos romances de Machado pode ser entendida como uma adesão consciente a uma tradição literária, nomeada por Rouanet (2007, p. 227) como “forma shandiana”, que por sua vez apresenta-se como uma atualização moderna da Tradição Luciânica e da Sátira Menipeia, estudadas por Sá Rego (1989). Rouanet (2007) também sugere que a tradição shandiana pode ser lida como uma apropriação irônica do Barroco, aplicando sua hipótese na análise de fragmentos do romance de Brás Cubas. Levando adiante tal suposição, o presente trabalho propõe uma abordagem de Dom Casmurro que supõe a possibilidade de reconhecer, na forma do romance e na construção dos personagens, uma apropriação irônica da forma barroca. Concebemos aqui que o termo “Barroco”, apesar das suas circunscrições históricas, figura enquanto designador de uma estrutura psicológica, estética e subjetiva, podendo ser reconhecido por diversas alegorias ao longo do tempo e em diferentes cenários. Para endossar nossa hipótese, dividimos nosso trabalho em quatro principais etapas: I. Leitura da fortuna crítica machadiana; II. Leitura da bibliografia sobre o Barroco; III. Análise de Dom Casmurro. A especificidade da nossa leitura apontou para a atestação de traços barrocos em todo o romance, a exemplo do sujeito melancólico que Bento comprova ser, bem como a sua narrativa fragmentária, que pode ser lida enquanto uma apropriação estética do Barroco. Por sua vez, isso confirma o paradigma crítico com que começamos nosso trabalho: o cultivo da verticalidade psicológica, dos abismos interiores e o ceticismo possuem, na “forma livre” e fragmentada, seu lugar privilegiado de experiência ficcional.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53557
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