Condições e limites do julgamento estético na teoria social de Pierre Bourdieu

Abstract

Esta tese busca identificar os principais pontos na teoria de Bourdieu sobre o julgamento estético mais voltado para a arte, e após tal, confrontar suas condições e limites diante de outras leituras e possibilidades críticas alternativas, como por exemplo, no debate entre as noções de consciência e racionalidade, encontradas na filosofia da mente de John Searle e no individualismo metodológico de Raymond Boudon e Jon Elster; além da inserção de outras leituras da teoria institucional da arte e de acadêmicos considerados pós-bourdieusianos. Esta tese ainda pretende desdobrar a questão do julgamento estético em cinco eixos principais, distribuídos ao longo de seis capítulos subsequentes: 1 – O habitus em Pierre Bourdieu; 2 – As convenções da arte; 3 – A questão mente-corpo; 4 – Questões sobre a crença; 5 e 6 – O mundo agonístico de Pierre Bourdieu (mais especificamente, um mundo cujo debate incide sobre dois conceitos-chave, os de campo e capital). Com esses movimentos, esta tese também levanta possibilidades adicionais diante da teoria de Bourdieu, ao elencar tópicos mais críticos, ao mesmo tempo em que reconhece uma série de contribuições ainda vigentes da perspectiva bourdieusiana para a teoria e o pensamento social. Finalmente, esta tese se dirige para alguns caminhos e possibilidades atuais do julgamento estético, ao traçar alguns debates de ordem política e ao destacar como algumas práticas são emblemáticas para revelarem uma série de experiências estéticas no cotidiano dos indivíduos.