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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66384

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Título: Posição subjetiva do ser velho diante do traumático : reflexões psicanalíticas para o além da pandemia de covid-19
Autor(es): BERINGUEL, Herika Oliveira Costa
Palavras-chave: Envelhescência; Pandemia; Psicanálise; Trauma
Data do documento: 22-Jul-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: BERINGUEL, Herika Oliveira Costa. Posição subjetiva do ser velho diante do traumático: reflexões psicanalíticas para o além da pandemia de covid-19. 2025. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: O contexto pandêmico acentuou dificuldades já enfrentadas pelos velhos, numa sociedade que exclui e nega a velhice, além de gerar novos desafios a serem enfrentados, cujos efeitos deixam repercussões profundas em seus psiquismos. A despeito de marcar seu lugar no âmbito do traumático, a experiência de (sobre)viver à pandemia trata-se, ainda, da possibilidade de potência da ressignificação e do reposicionamento de posições subjetivas. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar, por uma perspectiva psicanalítica, a posição subjetiva do ser velho, diante do traumático da pandemia de covid-19, em suas relações com o processo de ressignificação psíquica. O roteiro metodológico deste estudo foi desenvolvido a partir da construção de três eixos principais, foram eles: o envelhecimento e as demandas de nossa época: algumas reflexões; envelhecimento e trauma: a velhice mal acolhida e a pandemia de covid-19; e, por último, ressignificar e nomear o para além da pandemia: o a posteriori. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com pacientes de dois serviços de saúde do setor público. A amostra foi composta por quatro participantes, sendo dois homens e duas mulheres. Para coleta de dados, foi utilizada a entrevista de abordagem clínica. A análise seguiu passos específicos de construção baseados na hermenêutica psicanalítica e os resultados apontaram que a pandemia, e seus elementos associados, parecem ter configurado o sentido de uma ameaça concreta, passando a circular, no psiquismo dos sujeitos, enquanto formadora de fantasias persecutórias, ganhando forma simbólica singular para cada modo de subjetivação. Foi possível perceber, ainda, que a temática da pandemia atuou como um disparador de associação livre, evidenciando as perdas como elementos centrais nas narrativas dos quatro entrevistados, facilitando a emergência de outras fantasias e experiências associadas, como o medo da morte, da solidão e do desamparo. Nessa direção, o luto ganhou destaque enquanto importante trabalho psíquico de elaboração e ressignificação de perdas, tanto reais quanto simbólicas, enquanto a envelhescência foi analisada como trabalho do psiquismo, em um esforço de repensar e ressignificar a experiência de viver a velhice. Diante disso, foi possível concluir que a capacidade, bastante preservada e consistente de síntese egóica na velhice, possibilita ao ser velho implicar-se em processos de elaboração e de ressignificação de suas vivências, em detrimento da estagnação à qual a velhice costuma ser relegada na contemporaneidade.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66384
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia

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