Cargos, funções e perfis profissionais : um diagnóstico da situação dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Pernambuco

Abstract

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) possui mais de 3.700 técnicos em administração em seus quadros de pessoal. Ocorre que, em muitos casos, os técnicos são alocados em atividades desvinculadas de sua formação ou de sua experiência profissional anterior à admissão na instituição. Nesse sentido, definiu-se, como questão norteadora da pesquisa a seguinte indagação: Até que ponto é possível tornar mais efetiva a alocação dos técnicos administrativos da UFPE, compatibilizando cargos ocupados, tarefas a serem executadas, competências requeridas, perfil profissional e satisfação do servidor? Tomando-se como base o problema apontado, elaborou-se o seguinte objetivo geral da pesquisa: Analisar a efetividade da relação entre os cargos ocupados, as tarefas a serem executadas, alocação atual, a formação acadêmica e a satisfação dos técnicos administrativos alocados na UFPE. Visando atender o objetivo geral e a questão norteadora de pesquisa, estabeleceu-se como objetivos específicos: Avaliar a satisfação dos técnicos administrativos da UFPE com relação à sua alocação atual, e às tarefas que executam; examinar se os cargos atuais se adaptam às exigências das demandas de tarefas da UFPE. Pesquisa de natureza aplicada, quanto aos objetivos é descritiva e quanto ao método é uma pesquisa-diagnóstico. Os dados foram coletados por meio de questionário com os servidores e pela coleta de informações dos sistemas informacionais oficiais. Quanto ao procedimento de análise foi utilizada a estatística descritiva e a análise com o software Vantage Point. Os resultados revelaram um perfil altamente qualificado entre os técnicos administrativos. Embora parte dessa qualificação seja impulsionada por incentivos salariais, outros fatores motivacionais ainda precisam ser explorados, sugerindo a necessidade de pesquisas qualitativas futuras. Observa-se, na maioria dos casos, a adequação dos cargos às respectivas área de conhecimento. Quanto à satisfação no trabalho, cerca de 75% dos respondentes demonstraram contentamento com suas alocações, porém a baixa participação de servidores de carreiras mais genéricas (como auxiliares administrativos) indica a necessidade de estudos mais direcionados a esses grupos.