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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65572
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Título: | Possibilidades e limites para educação geográfica com a implantação do novo ensino médio na rede estadual de ensino de Pernambuco |
Autor(es): | BORGES FILHO, Emanuel Fernando de Andrade |
Palavras-chave: | Educação geográfica; Novo Ensino Médio; Rede Estadual de Ensino de Pernambuco |
Data do documento: | 25-Jul-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | BORGES FILHO, Emanuel Fernando de Andrade. Possibilidades e limites para educação geográfica com a implantação do novo ensino médio na rede estadual de ensino de Pernambuco, Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | O ensino da ciência geográfica no mundo contemporâneo configura-se como uma atividade de elevada responsabilidade, dado seu papel fundamental na formação de sujeitos críticos, capazes de compreender, analisar e intervir no espaço geográfico. Tal ensino contribui para o exercício pleno da cidadania ao proporcionar uma aprendizagem significativa e transformadora. Com a implantação do Novo Ensino Médio, novos entraves foram impostos à formação geográfica, impactando diretamente o fazer pedagógico. Os discursos institucionais apresentaram a reforma como resposta às demandas juvenis, defendendo sua vinculação à pesquisa, ao mundo do trabalho, à inovação tecnológica, à cidadania ativa e ao engajamento social. No entanto, sob esse discurso de modernização e superação de fragilidades históricas da educação básica, a reforma trouxe profundas alterações estruturais que afetaram a organização curricular e as práticas docentes, especialmente no campo das ciências humanas. A Lei N.o 13.415/2017 estabeleceu que o Novo Ensino Médio deveria ser plenamente implementado até 2024. Em Pernambuco, sua execução iniciou-se de forma gradual em 2022. Diante desse cenário, esta tese teve como problema central investigar as implicações da reforma para o ensino da geografia na Rede Estadual Pernambucana. Partiu-se da hipótese de que a condução verticalizada do processo, sem participação efetiva dos professores e sem oferta de formação continuada condizente com as novas exigências, traria consequências negativas ao ensino-aprendizagem da geografia. Entre os principais impactos previstos estavam a sua descaracterização enquanto componente curricular específico, sua diluição na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a redução de sua carga horária na Formação Geral Básica e a concorrência com outras disciplinas nos Itinerários Formativos. O objetivo geral consistiu em analisar os efeitos da reforma na prática docente e no processo de ensino-aprendizagem da ciência geográfica na Rede Estadual de Pernambuco. A investigação ancorou-se no materialismo histórico-dialético, com abordagem predominantemente qualitativa e descritiva, articulando um percurso teórico- documental e outro empírico. Os procedimentos metodológicos compreenderam o levantamento de referências pertinentes à temática, a análise de documentos oficiais relacionados à Lei N.o 13.415/2017 no contexto estadual e a aplicação de um questionário de caráter quanti-qualitativo com professores de geografia atuantes na implementação da nova estrutura curricular. De modo geral, os docentes sinalizaram dificuldades na articulação entre os Itinerários Formativos e os conteúdos estruturantes da geografia, mencionando a diminuição de aulas, a fragmentação curricular e a perda de densidade teórica como fatores que comprometeram a qualidade do ensino da disciplina. Além disso, identificaram-se críticas à ausência de condições materiais adequadas e à insuficiência de formação continuada, o que aprofundou os desafios enfrentados no cotidiano escolar. Tais resultados indicaram que, embora a proposta curricular apresentasse um discurso de diretrizes inovadoras em termos de organização pedagógica, sua operacionalização provocou tensões, incertezas e um reposicionamento forçado das práticas docentes frente às exigências da reforma. Portanto, os dados obtidos confirmaram a hipótese inicial: a ausência de diálogo com os profissionais da educação, especialmente os docentes, comprometeu significativamente o ensino da geografia, gerando obstáculos à consolidação de uma formação crítica e emancipadora. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65572 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Geografia |
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