Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64951

Compartilhe esta página

Título: Desenvolvimento, validação e avaliação de microvídeos educacionais para promoção da autoeficácia em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes/jovens surdos
Autor(es): FERNANDES, Gabriel Arruda de Souza
Palavras-chave: Tecnologia educacional; Saúde sexual; Saúde reprodutiva; Adolescente; Surdez; Filme e vídeo educativo
Data do documento: 2-Jun-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: FERNANDES, Gabriel Arruda de Souza. Desenvolvimento, validação e avaliação de microvídeos educacionais para promoção da autoeficácia em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes/jovens surdos.2025. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: No Brasil, o aumento das infecções sexualmente transmissíveis e das gestações não planejadas entre adolescentes configura importante problema de saúde pública. Esse cenário torna-se ainda mais preocupante quando se consideram os adolescentes surdos, que enfrentam barreiras significativas de comunicação e acesso à informação em saúde. Diante disso, torna-se urgente o desenvolvimento de propostas educacionais acessíveis que abordem questões de saúde sexual e reprodutiva, adaptadas à Língua Brasileira de Sinais e veiculadas em plataformas atrativas para esse público. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo descrever o processo de desenvolvimento, validação e avaliação de microvídeos educacionais para promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes/jovens surdos. Trata-se de estudo metodológico, para desenvolvimento, elaboração, validação e avaliação de microvídeos em saúde, desenvolvido em três etapas principais: (1) elaboração dos microvídeos e (2) validação com juízes e (3) avaliação com o público-alvo. O percurso metodológico seguido para o desenvolvimento dos vídeos se baseou nos estudos de Susan Fleming, sistematizados em três fases: pré-produção, produção e pós-produção. Na fase de pré-produção, foram definidos os temas relevantes à educação sexual e reprodutiva de adolescentes surdos, com a construção da sinopse, do argumento e do roteiro. Na fase de produção, os microvídeos foram desenvolvidos por equipe especializada em produção audiovisual, através da técnica de animação em 3D. Realizou-se validação de conteúdo e aparência, por juízes das áreas de enfermagem, pedagogia e design. A amostra foi composta por 23 especialistas. A avaliação semântica foi conduzida junto ao público-alvo, sendo composta por 12 surdos do curso de Letras Libras da UFPE. As variáveis sociodemográficas foram analisadas por meio de frequências absolutas e relativas, bem como por medidas de tendência central e dispersão. Para validação de conteúdo, utilizou- se do Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde, com o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo por item e total, obtido pela média dos índices individuais. Adicionalmente, aplicou-se o teste binomial. Para validação de aparência, adotou-se o Instrumento de Validação de Aparência de Tecnologia Educacional em Saúde, cujos dados foram analisados por meio de frequências absolutas e percentuais. O Índice de Validação de Aparência foi calculado. O nível mínimo de concordância estipulado para ambas as validações foi de 85%. A avaliação semântica foi realizada com adolescentes surdos, que foram questionados quanto à relevância e à adequação do material, com objetivo de verificar compreensão e pertinência. Para isso, utilizou-se da adaptação do instrumento validado DISABKIDS. A coleta de dados ocorreu após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco. Foram desenvolvidos três microvídeos, com duração média de 60 segundos, com os temas infecções sexualmente transmissíveis, uso do preservativo interno e uso do preservativo externo. O índice de validação de conteúdo total obtido foi de 0,891, com todos os itens apresentando índice superior a 0,85. Quanto ao Instrumento de Validação de Aparência de Tecnologia Educacional, todos os itens obtiveram índice de validação de aparência superior a 0,85. Na avaliação semântica, os 12 adolescentes surdos participantes consideraram, de forma geral, que os vídeos eram “muito bons”; 100% dos entrevistados avaliaram os temas abordados como importantes para o esclarecimento de questões relacionadas à saúde sexual e reprodutiva. Em relação à compreensão das cenas, 66,7% afirmaram não ter tido dificuldades, enquanto três participantes relataram alguma dificuldade. A tecnologia educacional desenvolvida foi, portanto, considerada válida pelos juízes e positivamente avaliada pelos adolescentes surdos. Para o enfermeiro, o uso de tecnologias educacionais validadas cientificamente é fundamental para promoção de saúde. Recomenda-se a continuidade do estudo, com intuito de verificar a efetividade da tecnologia na promoção da autoeficácia em saúde sexual e reprodutiva entre adolescentes surdos.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64951
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Enfermagem

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Gabriel Arruda de Souza Fernandes.pdf1,79 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons