O impacto da escolaridade feminina no uso de métodos contraceptivos no Brasil: evidências da reforma educacional de 2006

Abstract

O presente trabalho analisou o impacto da escolaridade feminina no uso de métodos contraceptivos no Brasil, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Para controlar a endogeneidade da escolaridade, a pesquisa buscou explorar a variação exógena nos anos de estudo introduzida pela reforma educacional de 2006. Os resultados foram estimados por meio de regressão linear ordinária (OLS) e pelo modelo de variável instrumental (2SLS). Os achados revelaram que mulheres mais escolarizadas têm maior probabilidade de utilizar métodos contraceptivos durante sua idade reprodutiva. Além disso, reforçam a influência positiva da educação feminina nas decisões relacionadas à fertilidade, destacando o papel da escolaridade na promoção da autonomia das mulheres para tomarem decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva