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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64613
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Título: | Avaliação do potencial da Oncostatina M e seu receptor solúvel como biomarcadores para o diagnóstico da Esclerose Sistêmica |
Autor(es): | CUNHA, Eudes Gustavo Constantino |
Palavras-chave: | Artrite Reumatoide; Lúpus Eritematoso Sistêmica; Autoimunidade; Inflamação; Acurácia |
Data do documento: | 12-Jul-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CUNHA, Eudes Gustavo Constantino. Avaliação do potencial da Oncostatina M e seu receptor solúvel como biomarcadores para o diagnóstico da Esclerose Sistêmica. Tese (Doutorado em Inovação Terapêutica) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune reumatológica complexa, caracterizada por danos na microvasculatura, desregulação do sistema imunológico e fibrose de pele e órgãos internos. O diagnóstico baseia-se principalmente em sinais e sintomas, apoiado pela análise do perfil de autoanticorpos e exames complementares. Contudo, atrasos são comuns devido a encaminhamentos tardios e à falta de testes diagnósticos padronizados, específicos e sensíveis. Em alguns casos, a doença evolui rapidamente, ressaltando a necessidade ainda atual de biomarcadores para auxiliar no diagnóstico precoce. Embora algumas proteínas tenham sido propostas como biomarcadores, o diagnóstico da ES permanece um desafio clínico. O receptor solúvel da oncostatina M (OSMRs) tem sido apontado como um antagonista da sinalização mediada pela oncostatina M (OSM), envolvida em processos biológicos e inflamatórios, incluindo lesão tecidual e fibrose. Além disso, o OSMRs está aumentado no soro de pacientes com ES e foi associado com manifestações clínicas da doença. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar a acurácia da OSM e do OSMRs na identificação de pacientes com ES e das manifestações clínicas da doença, em contraste com a artrite reumatoide (AR) e o lúpus eritematoso sistêmico (LES). A coorte foi composta por 105 pacientes com ES, 50 com artrite reumatoide (AR), 64 com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e 130 controles sadios. Amostras de sangue periférico foram coletadas após consentimento dos participantes, e o soro foi obtido para quantificação sérica da OSM e do OSMRs por ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) sanduíche. A análise da acurácia foi realizada através do cálculo da curva ROC (Receiver Operating Characteristic), e o poder preditivo foi avaliado pela área sob a curva (AUC). Os pontos de corte foram determinados através do Youden index. Os resultados foram estatisticamente significativos quando p<0,05. Os níveis de OSMRs estão significativamente elevados no soro de pacientes com ES quando comparados com pacientes com AR e LES, bem como com controles saudáveis (p < 0,0001 para todas as comparações). Pacientes com ES e úlceras digitais apresentaram maiores níveis de OSMRs (p=0,0456) do que os pacientes sem essa manifestação. A análise da curva ROC revelou a capacidade dos níveis séricos do OSMRs de distinguir pacientes com ES de AR [AUC = 0,901; IC 95% (0,842 - 0,943); p < 0,0001], com sensibilidade de 89,52% e especificidade de 78,00%, e de pacientes com LES [AUC = 0,897; IC 95% (0,841 - 0,938); p < 0,0001], com sensibilidade de 81,90% e especificidade de 89,06%, bem como de controles saudáveis [AUC = 0,876; IC 95% (0,827 – 0,916); p < 0,0001], com sensibilidade de 82,86% e especificidade de 81,54%. Ao comparar pacientes com ES com pacientes com outras doenças reumatológicas autoimunes (AR e LES combinados), foi encontrada uma AUC de 0,898 [IC 95% (0,851 - 0,935); p<0,0001], com sensibilidade de 82,86% e especificidade de 85,09%. Ao avaliar a acurácia do OSMRs nas manifestações e características clínicas da ES foi encontrada diferença estatística para hipertensão arterial pulmonar com AUC de 0,648 [IC 95% (0,549 - 0,739); p = 0,0359], sensibilidade de 94,12% e especificidade de 40,91%. Ademais, os níveis da OSM não foram detectáveis no soro de pacientes com ES e controles sadios. Assim, observa-se que os níveis séricos do OSMRs estão elevados em pacientes com ES e demonstraram boa capacidade discriminatória para diferenciar ES de AR, LES e controles saudáveis. Desse modo, sugere-se o OSMRs como um biomarcador promissor para o diagnóstico de ES. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64613 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Inovação Terapêutica |
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