Ensino de geografia e artes urbanas: uma leitura sobre as marcas nas paisagens e nos territórios do Recife

Abstract

Há milhares de anos a humanidade usa de simbolismos para procurar uma comunicação plena entre si, expressar fatos cotidianos e rituais culturais em seu ambiente de convivência. No tempo contemporâneo, ainda que tenha ocorrido o desenvolvimento cognitivo, ainda sim, as necessidades de expressão ao mundo exterior passam com devido grau de importância no uso dos grafismos, sendo os mais modernos na figura do grafite. O século XX foi decisivo na instrumentação do seu uso como uma das formas de reivindicação de direitos característicos do meio urbano, principalmente em grandes metrópoles internacionais, tornando as cidades suas imensas galerias de artes. Logo, os grafites também se tornaram instrumentos nas metrópoles brasileiras, tendo início em São Paulo e se espalhando pelo resto do país, com destaque às aplicações ocorridas no Recife, em especial ao bairro do Cabanga, local base para a pesquisa de campo feita para este trabalho. Na capital pernambucana, essas marcas estão presentes em diversos ambientes Contudo, na disputa por espaço e poder, é evidente as tensões causadas, ainda que por muitas vezes os autores e suas artes passem despercebidos no movimento cotidiano. Portanto, em uma perspectiva de democratização do ensino e do uso imersivo da realidade dos estudantes de educação básica no ambiente escolar, será trabalhado a aplicação e a análise do território e da paisagem através do uso das artes urbanas, em especial do grafite, no contexto da metrópole do Recife.