Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64169

Compartilhe esta página

Título: Logos e Mythos : o paralelismo entre Sócrates e Er na República de Platão
Autor(es): SOARES, Ênio Roberto Bezerra
Palavras-chave: Mythos; Logos; Platão; República; Paralelismo
Data do documento: 16-Ago-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SOARES, Ênio Roberto Bezerra. Logos e Mythos: o paralelismo entre Sócrates e Er na República de Platão. 2024. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: O mito é uma ferramenta de memória coletiva, de conservação e transmissão dos traços de uma comunidade. Esse tipo de discurso se revela indispensável na estrutura de alguns diálogos de Platão. O mythos platônico atua em sinergia com o logos, auxiliando-o. Analisando esse trabalho cooperativo entre logos e mito na filosofia de Platão, defendemos um paralelo entre duas figuras da República: Sócrates, principal personagem e expositor do pensamento platônico no diálogo, representante do discurso filosófico, do logos; e Er, protagonista do relato que encerra a obra, representante do mythos filosófico, discurso narrativo verossímil fundado em imagens e representações. Esse paralelismo seria fundado em três conexões textuais. A primeira, em função da linha de significado da descida (katabasis) e subida (anabasis) percorrida por Sócrates e Er. Essa linha representa o próprio movimento ou modo de proceder do filósofo. A segunda, do retrato feito por Platão dos dois personagens como auxiliadores para a comunidade. A terceira, da escolha de Sócrates e Er como novos mensageiros do discurso verdadeiro e portadores de uma mensagem que é um ato de salvação para a alma e para a polis. Nosso objetivo é tentar mostrar a plausibilidade da existência dessas conexões, podendo-se concluir pela associação entre Sócrates e Er. Esse paralelismo permitiria uma interpretação unitária do diálogo a República que se contrapõe às visões que consideram o Livro I como independente e em separado. Ele também possibilita retirar a conotação negativa de discurso pré-filosófico adquirida pelo mito platônico durante o curso da história da filosofia. Acreditamos que Platão não desejou a extinção do discurso mítico, mas sua reformulação, utilizando a narrativa mítica, dentre outras atribuições, como uma ferramenta de simbolização das experiências da alma (psykhe).
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64169
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Filosofia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Ênio Roberto Bezerra Soares.pdf1,02 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons