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Título: O amor em Theodor Adorno : dos limites do seu conceito à sua concretude corpórea
Autor(es): CÂMARA, Flávio Aires
Palavras-chave: Amor; Medo; Sujeito; Objeto; Corpo.
Data do documento: 29-Ago-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: CÂMARA, Flávio Aires. O amor em Theodor Adorno: dos limites do seu conceito à sua concretude corpórea. 2024. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: A crítica de Theodor Adorno à razão ocidental expôs a persistência dela em controlar a natureza. A aplicação repetida do método científico - indiferente às qualidades da natureza -, foi relacionada ao medo do esclarecimento perder utilidade. Quem estimula, assim, em silêncio, a atuação da razão esclarecida é medo patológico. A promessa da razão esclarecida em abolir o medo só ampliou, por conseguinte, sua influência até as camadas mais íntimas da cultura. Por outro lado, Adorno formula um modelo de racionalidade baseado na empatia pela diferença. Entretanto, ele não apresenta qual o afeto influencia a razão para outra forma de relacionamento. Adorno esboça uma racionalidade ainda acomodada à filosofia da consciência, ou seja, ele supera a razão esclarecida orientada pela lógica dialética em Hegel. Por exemplo, quando o sujeito pretende conhecer o objeto, ele não o fixa na totalidade do conceito. Para Adorno, o respeito pelo objeto ocorre quando o sujeito recebe a experiência daquele, daí reintroduz nas convicções que o conceito subjetivo faz daquele. A relação entre ambos não passa por uma síntese reconciliada, acontece pela oposição entre eles. Enfim, não aparece qual o afeto correlato a razão em Adorno, assim como surge o medo na razão esclarecida. Esta investigação mostra que é o amor quem estipula uma relação por negação, a saber: no encontro do espectador (sujeito) com a obra de arte (objeto), há uma aproximação guiada pela fervura do amor. A exibição dela ao espectador reedita a atração mútua do amante e do objeto amado, uma vez que a forma da arte produz um tipo de verdade não-conceitual. Afinal de contas, a natureza é ali acolhida livre da repressão cientificista, expressada na satisfação erótica do público, entregue pela obra de arte. Outrossim, o estudo aponta a qualidade do amor, nem sempre disposto a gratificar quem ama. Ora ele pode crescer, ora pode recuar. Com efeito, quem avança corre o risco de não recebê-lo; quem fica apático pode ser cobrado pela ausência de amor. Enfim, o amor possui frequências mutantes, cujas subdivisões coexistem tão somente na satisfação corpórea.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62374
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Filosofia

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