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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/61864

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Título: Estado nutricional e composição corporal de pacientes hospitalizados : predição de desfechos clínicos e elaboração de equações para estimativa de massa muscular
Autor(es): SOARES, Bruna Lucia de Mendonça
Palavras-chave: Avaliação nutricional; Desnutrição; Músculo esquelético; Obesidade abdominal; Tomografia; Hospitalização
Data do documento: 26-Set-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SOARES, Bruna Lucia de Mendonça. Estado nutricional e composição corporal de pacientes hospitalizados: predição de desfechos clínicos e elaboração de equações para estimativa de massa muscular. 2024. Tese (Doutorado em Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e a composição corporal (CC) de pacientes hospitalizados (PH), investigar a relação entre variáveis nutricionais e desfechos clínicos e estabelecer equações preditivas para estimativa de massa muscular esquelética (MME) avaliada por tomografia computadorizada (TC). Trata-se de um estudo de prospectivo, realizado com pacientes adultos e idosos internados no Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra. A coleta de dados transcorreu entre fevereiro de 2021 e julho de 2022 e os pacientes foram identificados a partir da realização do exame de TC. Foi utilizado um questionário de avaliação padronizado constando as variáveis sociodemográficas (gênero e idade), clínicas (diagnóstico, comorbidades, tempo de internamento e desfecho), nutricionais e bioquímicas (proteína C reativa, albumina, hemoglobina, linfócitos, leucócitos, ureia e creatinina). As variáveis nutricionais incluíram ferramentas de triagem/avaliação nutricional (Nutritional Risk Screening [NRS-2002]; Malnutrition Universal Screening; Simplified Nutritional Appetie Questionnaire; Malnutrition Screening Tool; Definições da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo; Avaliação Subjetiva Global [ASG] e Global Leadership Initiative on Malnutrition) e para triagem de sarcopenia foram utilizados os formulários SARC-F e SARC-Calf. Foram avaliadas as medidas antropométricas: percentual de perda de peso (%PP), circunferência do braço (CB), circunferência da panturrilha (CP) e índice de massa corporal (IMC). A CC dos pacientes foi identificada a partir da análise de imagens de TC de abdômen, ao nível da terceira vertebra lombar, utilizando o Software OsiriX Lite versão 13.0. Foram calculadas as áreas (cm2) do tecido adiposo (visceral, subcutâneo, intramuscular e total) e da MME. A área dos respectivos tecidos foi normalizada pela altura dos pacientes para o cálculo dos índices (cm2/m2) da massa muscular e adiposa. A partir de pontos de corte definidos na literatura, foram identificados a presença de miopenia, mioesteatose, obesidade visceral (OV) e obesidade visceral miopênica (OVM). Regressão linear múltipla do tipo stepwise foi utilizada para obtenção dos modelos de predição para MME e os gráficos de Bland-Altman para avaliar a concordância entre MME medida pela TC e estimada pela equação. Foram incluídos no estudo 564 pacientes, mais da metade estavam em risco nutricional (NRS-2002; 64,5%) ou desnutridos (ASG; 59,2%), apesar disso, 47,5% tinham excesso de peso pelo IMC. A CC mostrou que 48,0% dos pacientes estavam com miopenia, 73,6% apresentavam mioesteatose, 42,4% tinham OV e 16,8% OVM. A mortalidade foi encontrada em 10,7% e os preditores independentes de mortalidade foram a desnutrição avaliada pela ASG (HR: 4,18, p=0,047) e a presença de OVM (HR: 2,82, p=0,029). O tempo de internação prolongado (316 dias) foi encontrado em 45,2% e os preditores independentes de internação longa foram a miosteatose (HR: 3,60, p=0,000) e níveis baixos de albumina sérica (HR: 1,95, p=0,009). Foram criados dois modelos de predição de MME – um para adultos (MME = 66,28 + (-36,20*sexo) + (3,04*CP) + (0,19*peso), R2 = 73,9%) e outro para idosos (MME = -56,34 + ( -26,70*sexo) + (1,71*CP) + (0,97*altura), R2 = 67,3%). A capacidade preditiva dessas equações foi de 74,1% para adultos e 67,7% para idosos em comparação com a MME determinada pela TC (p < 0,001). Os achados do presente estudo baseiam-se em evidências de que o perfil de CC baseado em alterações nos tecidos musculares e adiposos está associado ao desfecho em PH. As equações desenvolvidas devem ser testadas para fins clínicos e na análise de dados de populações mistas hospitalizadas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/61864
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