Relação de gênero e sexualidade no ambiente escolar: análise dos desafios na identidade de homossexuais como docente em matemática.

Abstract

Diante a realidade escolar e o ser professor de matemática homossexual, diferentes processos de subalternização permeiam a identidade das pessoas homossexuais, olhar para o contexto escolar é notar que as pessoas pertencentes a comunidade LGBT+ sofrem diferentes discriminações e preconceitos cotidianamente nesses espaços, deste modo, ser professor homossexual de matemática é estar frente a diferentes desafios para permanecerem no ambiente escolar. Deste modo, Educar é transformar o mundo, por meio de práticas que colaboram para uma educação que inclua todas as pessoas, entretanto, investigar as relações de gênero e sexualidade no meio educacional é de grande importância para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária que respeite e reconheça a pluralidade de corpos na escola. Nessa perspectiva, a investigação da pesquisa parte de um pressuposto da importância das pesquisas em educação matemática sobre contextos envolvendo gênero e sexualidade, visto que, contribui com conhecimentos para a formação dos cidadãos, para atuar na sociedade de forma democrática que respeite a diversidade sexual. E também das ações do Grupo Aya-Sankofa de Educação Matemática no âmbito do curso de licenciatura em matemática. Então, o objetivo da pesquisa é investigar as percepções de um grupo de professores homossexuais sobre os desafios e obstáculos em ser docente na matemática em escolas do ensino básico de Pernambuco, a metodologia é uma pesquisa qualitativa e o instrumento da pesquisa é uma entrevista semiestruturada, no qual foi desenvolvido um roteiro com 5 questionamentos a serem respondidos por cada professor homossexual atuantes em diferentes escolas do ensino básico em Pernambuco, a fim de encontrar os principais desafios diante a sua Identidade no cotidiano docente. Partindo de concepções do conservadorismo como prática de exclusão, educação matemática crítica, pesquisas sobre gênero e sexualidade. Contribuindo assim com embasamentos para uma educação matemática mais inclusiva capaz de minimizar a exclusão e a homofobia na sala de aula, sendo assim, está inserido no ambiente matemático é também dialogar questões de equidade e aceitação da diversidade sexual.