Desempenho de adultos de baixa escolaridade, sem sequelas neurológicas, na Bateria Rápida de Afasia

Abstract

Objetivo: Mensurar o desempenho de adultos pernambucanos de baixa escolaridade, sem sequelas neurológicas, no protocolo de Bateria Rápida de Afasia (BRA) adaptado para o português brasileiro. Método: Trata-se de um estudo observacional descritivo, realizado através da aplicação da Bateria Rápida de Afasia em 58 indivíduos saudáveis de ambos os sexos, residentes do estado de Pernambuco, recrutados por demanda espontânea. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com a escolaridade: 30 analfabetos ou com educação formal até quatro anos e 28 indivíduos com mais de oito anos de escolaridade, considerado grupo controle. Resultado: O Desempenho nas provas de linguagem da Bateria Rápida de Afasia mostraram diferenças estatísticas nos subtestes de descrição de cenas, com pontuação média de 20,93 ± 0,683, enquanto o grupo controle recebeu 23,57 ± 0,315 (p=0,0217), na compreensão semântica o grupo experimental obteve 105,9 ± 0,589 e o controle 108,0 ± 0,000, na prova de compreensão de sentenças, as médias 43,20 ± 0,947 e 45,57 ± 0,594 para o grupo com baixa escolaridade e controle, respectivamente, com significância de p=0,0415. Os subtestes de nomeação e discurso apresentaram p<0,0001. No entanto, não foram demonstradas diferenças estatisticamente significantes nas provas de compreensão fonológica (p>0,9999) e de repetição (p=0,0667). Conclusões: O nível de educação formal pode influenciar na performance dos participantes pernambucanos analfabetos ou com baixa escolaridade na Bateria Rápida de Afasia.