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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56767

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Título: Gaslighting como violência gramatical: uma leitura wittgensteiniana
Autor(es): PRAXEDES, Fábio Gabriel Tavares
Palavras-chave: Epistemologia feminista; Gaslighting; Injustiça epistêmica; Violência gramatical; Wittgenstein
Data do documento: 14-Mar-2024
Citação: PRAXEDES, Fábio Gabriel Tavares. Gaslighting como violência gramatical: uma leitura wittgensteiniana. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Filosofia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Gaslighting pode ser entendido enquanto um tipo de manipulação na qual a vítima é induzida a pôr em dúvida suas próprias percepções, experiências e sanidade. Para compreender qual a natureza do tipo de dúvida que surge nas vítimas de casos de gaslighting, Trächtler em seu artigo From Doubt to Despair – A Wittgensteinian Perspective on Gaslighting (2022) busca explicitar como é possível que alguém seja levado a suscitar autoquestionamentos sobre assuntos tão fundamentais. Para tanto, a autora apresenta uma conceituação do gaslighting enquanto um tipo de injustiça epistêmica, valendo-se desse conceito da forma que foi apresentado pela Fricker em Epistemic Injustice: Power and the Ethics of Knowing (2007). Além disso, a partir de reflexões wittgensteinianas majoritariamente presentes no Sobre a Certeza (2023), Trächtler fornece também uma discussão detalhada sobre a natureza de nossas práticas de duvidar. De modo a delinear quais são as condições, os limites e os tipos de dúvidas, a fim de compreender de que forma dúvidas do tipo “Será que estou louca?”, “Como sei que não estou imaginando coisas?” e “Será que não estou sendo apenas muito sensível?” se fazem presentes em casos de gaslighting e levam a vítima ao desespero. Contudo, na medida que a própria autora aponta que os autoquestionamentos presentes na prática gaslighting violam os limites de nossas gramáticas de jogos de linguagem cotidianos, consideramos incoerente interpretar que o dano causado nessa prática incida prioritariamente sobre o âmbito epistêmico da vítima. Nesse sentido, em contraposição a perspectiva apresentada pela Trächtler, argumentamos que, em consonância com as noções wittgesnteinianas apresentadas pela própria autora, o gaslighting deva ser mais adequadamente compreendido enquanto uma forma de violência gramatical.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56767
Aparece nas coleções:(TCC) - Filosofia (Bacharelado)

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