Perda de Qualidade de Vida no Nordeste Brasileiro: Os impactos da pandemia da COVID-19

Abstract

A pandemia da COVID-19 apesar de negativa, foi um marco em diversos tipos de estudos em todo o mundo, principalmente no que se refere a avaliar a qualidade de vida da população. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) propôs um índice para avaliar a perda de qualidade de vida da população, batizado de Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV). Para este trabalho, analisa-se o uso do IPQV na região Nordeste do Brasil durante a pandemia, entre os anos de 2020 à 2022, que mensura a queda na qualidade de vida da população em todo o Brasil, apresentando resultados discrepantes entre as unidades federativas. Para tanto, objetiva-se de forma geral, apresentar dados estatísticos comparativos do penúltimo e último relatório do IBGE para o IPQV, de 2007-2008 e o atual, mostrando aos leitores as causas das discrepâncias na qualidade de vida entre os estados federativos da região nordeste em comparação às outras grandes regiões do Brasil, sob o ponto de vista de investimentos feitos. Embora o IBGE forneça excelentes estatísticas, como objetivo específico deste trabalho, é necessário fazer uma abordagem mais holística, que é de fundamental importância especialmente na Geografia e nas ciências empíricas. Metodologicamente, este trabalho é classificado como sendo investigativo/descritivo, pois busca entender as origens das desigualdades que levaram à discrepância regional, empregando pesquisa documental, análises bibliográficas de estudos anteriores, notícias veiculadas pela imprensa e análises estatísticas dos dados obtidos atualizados e publicados pelo IBGE em 2023. Assim sendo, no presente trabalho, foi exposto como os danos e perdas provenientes da pandemia da COVID-19 impactaram a qualidade de vida no nordeste brasileiro em comparação com os demais estados do país, justificando a confecção deste trabalho alertar os gestores públicos sobre estas disparidades e promover futuros estudos e investimentos na região, além de servir para consulta pública a quem interessar estudar mais sobre este tema. Por fim, nas conclusões e discussões, as descobertas principais apontam para uma melhoria na qualidade de vida tanto da população nordestina quanto do Brasil em geral. No entanto, os indicadores ainda estão distantes do desejado, demonstrando que as razões por trás desses resultados insatisfatórios são de natureza política e econômica. É possível que ocorram mudanças positivas com o comprometimento de gestores públicos em prol da comunidade. Palavras-chave: IPQV, IBGE, Estatísticas.