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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56539

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Título: Evolução temporal dos padrões alimentares e obesidade em adultos da região metropolitana do Recife : uma análise dos determinantes sociais e ambientais
Autor(es): AQUINO, Nathalia Barbosa de
Palavras-chave: Comportamento Alimentar; Padrões Dietéticos; Espaço Social Alimentar; Obesidade; Adulto; Fatores Sociodemográficos; Determinantes Sociais da Saúde
Data do documento: 26-Fev-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: AQUINO, Nathalia Barbosa de. Evolução temporal dos padrões alimentares e obesidade em adultos da região metropolitana do Recife: uma análise dos determinantes sociais e ambientais. 2024. Tese (Doutorado em Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: Avaliar a evolução temporal dos padrões alimentares e da obesidade e sua relação com determinantes sociais e ambientais na Região Metropolitana do Recife (RMR), Pernambuco. Estudo transversal conduzido na RMR em 2006, 2015/16 e 2019, envolvendo 416, 426 e 432 adultos, respectivamente, com idades entre 20 e 59 anos, de ambosos sexos. Foram coletadas informações em nível individual, vizinhança e ambiente alimentar. Foram investigadas 231 lojas de alimentos situadas em um buffer de 1.600m, utilizando um instrumento adaptado e validado. As medidas do ambiente alimentar incluíram características comunitárias, como tipo e densidade de lojas, e aspectos do consumidor, como disponibilidade e localização de alimentos frescos e ultraprocessados nos pontos de venda. A classificação dos alimentos foi baseada no grau de processamento industrial. Os padrões alimentares (PA) foramidentificados por meio da análise de componentes principais (ACP). A análise utilizou modelosde regressão multinível logística para examinar a associação entre padrão alimentar e as medidas do ambiente alimentar, com ajuste para características individuais e da vizinhança. PA foram identificados: Duplo, Ultraprocessado e Tradicional. Verificou-se que o PA Ultraprocessado foi o que apresentou maior percentual de explicação de variância (15,1%). Em 2015/16 o PA Duplo esteve associado à idade ≥ 41 anos (OR= 2,30; p<0,007), maior escolaridade (OR=1,58; p<0,05) e estar em segurança alimentar (OR= 1,66; p<0,05) e em 2019 com maior escolaridade (OR=1,87; p<0,009), estar em segurança alimentar (OR=1,93; p<0,01) e estar com excesso de peso (OR=2,22; p<0,005). O PA Ultraprocessado se relacionou com idade 20-29 anos (OR= 8,74; p<0,001) e 30-40 anos (OR= 2,90; p=0,002) em 2015/16 e não teve fatores associados em 2019. O PA Tradicional foi associado com prática de atividade física (OR= 2,97; p<0,001) em 2015/16 e morar com ≥5 pessoas no domicílio (OR=1,76; p<0,01), menor escolaridade (OR=1,66; p<0,02) e estar com excesso de peso (OR=1,54; p<0,01) em 2019. Indivíduos residentes em áreas com maior disponibilidade de supermercado/hipermercado (OR:2,01; p=0,005), disponibilidade de refrigerantes nas lojas (OR: 11-24= 4,94; p<0,001 e OR:≥ 25= 2,57; p<0,05), com renda familiar per capita maior (OR: 1,64; p=0,05), residentes em áreas com maior disponibilidade de pizza congeladas nas lojas (OR: 3,74; p<0,001), maiordisponibilidade de produtos ultraprocessados nas lojas (OR: 3,34; p<0,001), que moravam emambientes com lojas que possuíam propagandas de AUP em seu interior (OR: 3,34; p<0,001), e que residiam em áreas com lojas que comercializam alimentos in natura/minimamente processado (IN/MP) nos preços intermediário e alto (OR: T1 vs. T2 = 1,83; p<0,05 e OR: T1 vs. T3= 1,71; p=0,001, respectivamente) apresentaram maior probabilidade de aderirem ao PADuplo. Adultos mais velhos (OR: ≥40 vs. 30= 0,21; p<0,001 e OR: ≥40 vs. 30-39= 0,16; p<0,001) indicaram uma menor adesão ao consumo do PA Ultraprocessado, enquanto os indivíduos em insegurança alimentar leve (OR: 1,68; p=0,05) e residentes em áreas com maiordensidade de lojas de alimentos mistos (OR: 2,11; p<0,05) e residentes em áreas com maior variedade de refrescos nas lojas (OR: 9-18 vs. ≤ 8= 2,44; p<0,05) indicaram maior probabilidade de aderir ao PA Ultraprocessado. O PA Tradicional não apresentou associação significativa na análise multinível, podendo estar relacionado ao fato de ter apresentado a menorvariância entres os padrões encontrados. Com relação a obesidade, observou-se aumento do percentual da obesidade (p<0,001), dos adultos com renda per capita de até 1⁄2SM (P<0,001), e baixo nível de escolaridade (p<0,001) entre os três períodos. Nos três períodos, 2006, 2015/16 e 2019 foi identificado a associação da obesidade com idade 30-40 anos (p<0,001). A HA também se apresentou como fator de risco para a obesidade no primeiro (p<0,001) e terceiro período da pesquisa (p<0,01). No segundo (p<0,05) e terceiro período (p<0,07), a maior escolaridade se apresentou como fator de proteção. No último período da pesquisa, o sexo feminino (p<0,001) apresentou quase três vezes mais chances de estar com obesidade. Os padrões alimentares em 2019 apresentaram maior associação com os determinantes sociais. Destaca-se ainda que, o consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando na população analisada. Os ambientes alimentares que têm a presença de supermercados/hipermercados e grande variedade e disponibilidade de alimentos ultraprocessados, podem exercer uma influência substancial na qualidade da dieta. Além disso, o percentual da obesidade dos adultos com baixa renda e nível de escolaridade aumentou em todos os anos estudados. A melhoria da alimentação e saúde pode ser favorecida pela integração de estratégias tanto individuais quanto ambientais.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56539
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