Realidade virtual como ferramenta em atividades de promoção à saúde para adultos com síndrome metabólica no município de Vitória de Santo Antão-PE

Abstract

A ocorrência de mudanças sociais e comportamentais implica em alterações na ingestão alimentar com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados em associação ao comportamento sedentário, fatores de risco para doenças cardiovasculares e aumento da prevalência de doenças crônicas como síndrome metabólica. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi investigar a relação entre o uso de realidade virtual como ferramenta de promoção à saúde com parâmetros bioquímicos e antropométricos de indivíduos adultos com Síndrome Metabólica em Vitória de Santo Antão-PE. Os indivíduos foram selecionados dentro da faixa etária entre 40 e 59 anos, ambos os sexos e atendidos na unidade básica de saúde da Bela vista. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os voluntários foram avaliados quanto à situação sociodemográfica, clínica, frequência alimentar e exames bioquímicos e agrupados em quatro grupos: síndrome metabólica intervenção, controle, sem síndrome metabólica intervenção e controle. Como resultados, foi observado uma alimentação com maior frequência de consumo diário para alimentos como açúcar, margarina, óleo de soja, pão, bolacha e cuscuz; consumo este influenciado pelo meio socioeconômico e hábitos culturais da população avaliada. Além disso, após realidade virtual, os voluntários obtiveram redução de pressão arterial sistólica e componentes da síndrome metabólica. No entanto, esses resultados não foram significativos em relação à antropometria e exames bioquímicos isoladamente, mostrando que os resultados positivos não foram diretamente pela realidade virtual. Através do estudo feito sobre intervenção com realidade virtual como ferramenta em protocolo de exercício físico para a população com síndrome metabólica estudada, atribui-se os resultados positivos obtidos pelo fato de comunitários mais ativos, ou seja, o exercício e por consequência, o combate ao sedentarismo constitui fator importante para tal resultado. No entanto, a realidade virtual pode ser alternativa de ferramenta a ser inserida em atividades de promoção à saúde sobretudo na atenção básica, cuja população atendida, em grande parte, constitui importante grau de vulnerabilidade social e não tem acesso a tecnologias inovadoras com facilidade.