Análise quali-quantitativa da inserção de componentes curriculares de educação inclusiva nos cursos de licenciatura em matemática, física e química do estado de Pernambuco.

Abstract

A Formação Inicial é um momento importante para o futuro professor, pois é durante a graduação que ele é exposto a conhecimentos, práticas pedagógicas, desafios e reflexões que nortearão sua vida profissional. Dessa maneira, é necessário que o discente, durante a licenciatura, seja instruído para enfrentar os desafios existentes na sala de aula, sobretudo no que se refere à inclusão de estudantes com Necessidade Educacionais Específicas (NEE). Assim, uma das principais maneiras de se obter tais conhecimentos é cursando disciplinas que abordem a temática. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou a realização de uma análise quali-quantitativa da inserção de Componentes Curriculares da área de Educação Inclusiva nos cursos presenciais de Licenciatura em Matemática, Física e Química das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado de Pernambuco. Para isto, foram realizadas a leitura e fichamento de diversos artigos, livros, teses e dissertações a fim de compreender de que maneira está ocorrendo a formação inicial de professores. Além disso, foi realizado um levantamento das instituições que ofertam os cursos de Licenciatura em Matemática, Física ou Química na modalidade presencial e a análise da matriz curricular de tais cursos. Percebeu-se que apesar de 72,73%, 55,56% e 47,37% das instituições que ofertam os cursos de Licenciatura em Química, Física e Matemática, respectivamente, ofertam Componentes Curriculares da Educação Inclusiva, a maioria delas apresenta apenas uma disciplina de 30 horas, o que é pouco comparado ao tempo total de horas desses cursos e da importância das discussões e reflexões sobre a inclusão e o ensino de estudantes com NEE, tem-se também que a maior parte dessas disciplinas não foca na licenciatura em tela. Ademais, a maioria dessas IES não discute sobre a inclusão de pessoas com Necessidades Educacionais Específicas, segundo a ementa, nos Componentes Curriculares de Estágio Supervisionado, nem apresenta um dialogo entre a disciplina de Língua Brasileira de Sinais e o curso em tela. Dessa maneira, ainda há uma lacuna na inserção de Componentes Curriculares da Educação Inclusiva nos cursos presenciais de Licenciatura em Matemática, Física e Química nas IES do Estado de Pernambuco.