Ensinar e aprender com alegria na Pedagogia Agostiniana: comentários aos capítulos 10-14 do opúsculo Sobre a Instrução dos Catecúmenos, de Santo Agostinho

Abstract

“Por onde começar? Até onde levar a narração? Ao terminá-la, devemos dirigir uma exortação ao nosso ouvinte ou tão-somente ensinar-lhes os preceitos em cuja observância aprenderá a acreditar na vida e na revelação cristãs?” (AGOSTINHO, 1972, p.33), estas inquietações foram trazidas por Deográtias a Santo Agostinho acerca da sua conduta enquanto catequista daqueles pagãos recém convertidos que queriam conhecer aspectos básicos da fé cristã (rudes). Pensando nisso, Agostinho escreve um tratado de nome De Catechizandis Rudibus desejando sanar estas dúvidas, elaborando conselhos que tornem as aulas mais atrativas a seu público-alvo: os rudes. Metodologicamente, isso assemelha-se à conduta de um professor que sempre pensa em oferecer o melhor a seus alunos. Além disso, percebe-se que estes problemas são compatíveis com os de muitos professores que sofrem com o enfado de seus alunos, não por falta de experiência, e nem de competência, mas por falta de estratégia em lidar com esse tédio em aula. Dito isto, proponhe-se, por meio deste trabalho, revisitar estas ideias agostinianas sobre o enfado e pensar: Como o pensamento de Agostinho pode nos ajudar a combater o enfado dos alunos na contemporaneidade e obter, ao fim de tudo, a alegria? Como tornar hilária a aula entediante?