Comparação do nível de atividade física com a qualidade de vida de mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Abstract

O objetivo do estudo foi comparar o nível de atividade física com a qualidade de vida de mães de crianças diagnosticadas com autismo. Trata-se de um estudo epidemiológico, de caráter observacional com delineamento de corte transversal. Participaram do estudo 58 mães de crianças com TEA, na faixa etária entre 22 até 47 anos de idade, a maioria com nível superior completo e exercendo atividade remunerada. Para realizar a avaliação foi utilizado um formulário online, contendo três instrumentos: questionário sociodemográfico, contendo questões sobre o perfil pessoal e social das mães e histórico de autismo da criança, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ- versão curta) para estimar o nível de atividade física e o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) para analisar a qualidade de vida. Os resultados demonstram que 58,6% das mães apresentam alto e moderado nível de atividade física e uma percepção de qualidade de vida regular, sendo o domínio social com a maior média de escore e o domínio meio ambiente com a menor média. A comparação entre atividade física (AF) e qualidade de vida (QVD) constatou que há diferença significativa entre mães de crianças autistas fisicamente ativas, em comparação com as mães que não praticam AF nos domínios social, físico e psicológico, além de maior índice geral de qualidade de vida, com exceção apenas do domínio meio ambiente.