Composição físico-química da folha processada de Plantago major L. e sua contribuição para alimentação humana

Abstract

Introdução: As plantas alimentícias não convencionais (PANCs) vem sendo cada vez mais estudadas para alimentação humana. A Plantago major L., popularmente conhecida como tanchagem, tem ampla distribuição geográfica e é usualmente empregada como recurso terapêutico, mas alguns estudos relatam algumas partes da planta também tem potencial alimentício. Objetivo: Avaliar se as folhas processadas da tanchagem são fonte de nutrientes e elaborar uma barrinha de cereal experimental. Métodos: A planta foi submetida a cultivo orgânico e lotes de 200 folhas com 4 meses de cultivo foram sanitizadas, secas à temperatura ambiente e acondicionadas em estufa com ventilação durante 5 dias a 60°C. A matéria seca foi triturada em Moinho de rotor e a composição físico-química da farinha foi obtida pelo método do Instituto Adolfo Lutz. Os valores numéricos foram avaliados pelo software R-Portable® com o nível de 5% de significância. Experimentalmente adicionou-se outros ingredientes à farinha da Tanchagem para a confecção artesanal de uma barrinha de cereais. Resultados: Obteve-se 80% de germinação e as análises mostraram que cada 100g de farinha das folhas apresenta proteínas (14,5g), carboidrato (85,27g), lipídeo (traço), cinzas (0,15g) e umidade de 0,05g, corroborando com resultados obtidos por outros pesquisadores. A farinha de Tanchagem gerou uma massa homogênea com a clara do ovo, aveia e mel, fácil de modelar no formato de barrinha de cereal. Conclusão: É uma planta de fácil cultivo, bom rendimento e a farinha das folhas pode ser ofertada como mais uma opção de alimento nutritivo (proteínas) no formato de barrinha de cereal.