Percepção de professores de educação física sobre o conteúdo de promoção à saúde em escolas públicas de municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR).

Abstract

Este é um estudo de casos sobre a percepção e aplicação de estratégias de aulas da Educação Física no Ensino Médio a respeito da Promoção à saúde na escola, realizado em municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR). O embasamento teórico da pesquisa foi essencialmente em livros, algumas revistas/artigos e documentos de lei, os indexadores visitados foram Google acadêmico, Scielo, Periódicos CAPES. Após coleta do referencial teórico houve entrevista de professores da rede pública de ensino a fim de aprofundar a sabedoria acerca do tema escolhido diante do compartilhamento das experiências teórico-práticas desse tema de modo oficial e extraoficial com a comunidade escolar. O método usado para entrevistar os professores foi a aplicação de questionário via Google Forms. Os resultados apontaram a divergência de conceitos, a ausência de registro de escolas no Programa (governamental) Saúde na Escola (PSE), a ausência de estratégias alternativas ao não cadastramento da escola no PSE, apesar da saúde ser um dos objetivos intrínsecos da Educação Física; os impasses com a gestão não esclarecidos em relação à promoção de saúde no âmbito escolar, sugerindo a falta de interesse do próprio corpo docente de Educação Física escolar em promover situações favoráveis ao trabalho de temas transversais inseridos no contexto desse tema mais amplo da promoção à saúde, mas que posteriormente demonstrou ser a dificuldade de enquadrar no pouco tempo disponível às aulas, os trabalhos e/ou estratégias referentes a dinâmicas sobre os temas transversais bem como a apresentação e/ou contextualização de conteúdos teóricos pertinentes à própria disciplina Educação física, tendo sido exposto que a maioria das escolas consideram para a Educação física, apenas a utilização dos espaços de lazer para as aulas (tais como quadras desportivas), como se esquecessem que escola se faz sobre qualquer chão e deixam de aproveitar outros recursos dos quais poderiam beneficiar a aula e os alunos dentre outras observações, além de, em contextualização com os demais argumentos ou documentos, perceber-se a desvalorização da disciplina, o que inclusive faz seus professores cederem seu tempo já curto de aula em favor de outras disciplinas, devido ao tempo de banho dos alunos, quando esse deveria estar incluso a parte, no cronograma geral, do dia letivo do aluno.