Estudo de uma forma de casco com menor resistência de formação de ondas para número de Froude abaixo de 0,26

Abstract

Um total de dez modelos foram confeccionados para um navio cargueiro de 134,5 m de comprimento e capacidade volumétrica de 354 mil pés cúbicos (10 milhões de litros) que estava sendo produzido em uma empresa de construção naval japonesa. Esses modelos foram testados e tiveram os resultados analisados. Os resultados de dois deles mostram que a resistência de formação de ondas de um é consideravelmente mais baixa que a do outro para números de Froude abaixo de 0,26. Isso corresponde a uma economia de 7% de energia pelo uso do modelo com baixa resistência, com o navio trafegando a 17,7 nós (32,7 km/h). Em um ano, estima-se que a diferença de consumo de óleo combustível devido à economia desse 7% varie, em valor, de 1,5 a 3,1 milhões de reais. No entanto, até então não havia sido esclarecida a razão pela qual ocorra uma diferença dessa magnitude na resistência de ondas desses modelos. Com o objetivo de esclarecer a causa desta diferença, foi realizado um estudo teórico, o qual é relatado nesta monografia. Como resultado, descobriu-se que, a despeito de os modelos terem todo o corpo de proa diferentes entre si, a diferença na forma de apenas uma determinada parte do corpo proa é responsável por praticamente toda essa diferença na resistência de formação de ondas.