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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46567
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Title: | Literatura clariceana, tradução e filosofia : o ser feminino, o corpo e a morte em Água Viva (1973) |
Authors: | GALINDO, Yasmin Maria Macedo Torres |
Keywords: | Clarice Lispector; Filosofia da Existência; Tradução; Sujeito Feminino; Morte |
Issue Date: | 23-Feb-2022 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citation: | GALINDO, Yasmin Maria Macedo Torres. Literatura clariceana, tradução e filosofia: o ser feminino, o corpo e a morte em Água Viva (1973). 2022. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
Abstract: | Esta pesquisa apresenta uma investigação acerca do ser feminino e a experiência da morte na obra Água Viva [1973]/(1998), de Clarice Lispector, e as reverberações de suas traduções em língua inglesa, publicadas como The Stream of Life (1989) e Água Viva (2012). Assim, investigamos como os debates sobre o ser feminino e a sua ligação com a morte foram construídos na referida obra, a fim de evocar uma discussão literário-filosófica da constituição do sujeito feminino na narrativa. Consideramos, ainda, como os agentes de tradução, que se preocuparam, nos séculos XX e XXI, com a popularização da obra de Clarice Lispector, manipularam seu texto a fim de reverberar dele suas próprias vontades de verdade. De tal maneira, para compreender a constituição ontológica do ser e como a mulher merece maior atenção por estar à margem do protagonismo dos debates filosóficos ao longo dos séculos, trabalhamos com a filosofia da existência de Martin Heidegger (2005 e 2018); a filosofia pós-estruturalista de Gilles Deleuze (2011), Félix Guattari (1995) e Jacques Derrida (2006 e 2013); o pensamento sobre as noções de mal do filósofo Georges Bataille (2016 e 2017); assim como as postulações filosófico- feministas da filósofa Hélène Cixous (1990 e 2017). Os Estudos da Tradução e de Recepção estão representados, no aporte teórico deste trabalho, por Maria Tymoczko (2000 e 2013), Mona Baker (2018) e por Hans Robert Jauss (1979). Para tratar da escrita de Clarice Lispector, que compactua em sua própria tecitura com a formação do sujeito feminino para a morte, trouxemos para o escopo teórico Maria Lúcia Homem (2011), Yudith Rosenbaum (2006) e Marília Librandi (2015). Pressupostos da Teoria Feminista estão representados neste trabalho pela por meio de Silvia Feredici (2017) e Rita Terezinha Schmidt (1981). As conclusões apontaram que a escrita clariceana, no que tange às problemáticas deste trabalho, demonstrou dois movimentos importantes: quanto aos aspectos de tradução, concluiu-se que o texto-fonte evoca a permanência de seus efeitos de recepção, mesmo crivado pelo poder dos agentes tradutórios; e, referente à discussão do ser da mulher, asseverou-se que este “não-lugar” é evidenciado pela simbologia da morte, catalisando para a presença feminina imanente transgressão, uma vez que a experiência de sua socialização é diferente da dos homens, visto que experimentou simbólicas perseguições por sua diferença do conluio patriarcal. Assim, a morte e seus símbolos atuam na experiência interior feminina como pressuposto também de quebra e de liberdade. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46567 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado - Teoria da Literatura |
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