A formação inicial de professores de biologia no contexto do ensino remoto emergencial: análise da produção sobre estágio curricular

Abstract

A pandemia em decorrência da COVID-19, ocasionada pelo novo coronavírus trouxe consigo várias adaptações sociais. Com isso, vários decretos foram publicados a fim de tornar obrigatória a utilização de máscaras de proteção em lugares públicos e a exigência do isolamento social. Assim, apenas atividades sociais essenciais para a sobrevivência humana permaneciam funcionando com algumas adaptações, como hospitais e supermercados. Com o fechamento das instituições de ensino, as escolas e universidades adotaram o Ensino Remoto Emergencial (ERE). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi trazer reflexões sobre o estágio curricular obrigatório, realizado em ambientes virtuais de aprendizagem, de alunos dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas neste período de pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, que foi realizada no Google Acadêmico utilizando as palavras-chave: “estágio”, “licenciatura”, "ensino remoto", “ciências” or “biologia”. Foram selecionados 11 artigos, com base nos critérios de inclusão e exclusão definidos a partir do objetivo do trabalho. A partir das análises percebemos que muitas foram as dificuldades encontradas, desde a falta de recursos tecnológicos e estrutura, não experiência com o ERE, famílias desestruturadas e incompreensíveis, e a dificuldade da participação dos alunos. A partir disso, foram utilizadas várias estratégias de ensino a fim de promover a participação dos estudantes e tornar as aulas mais atraentes, como a produção de vídeos, jogos didáticos e podcast para apresentação de um

espaço não formal de educação, algumas vezes disponibilizados em plataformas on- line, foram realizados Quizes on-line, por meio dos quais os alunos respondiam

questões referentes ao conteúdo de forma dinâmica. Foi relatado o método de ensino da aprendizagem por cooperação, que visa a aprendizagem por meio de discussões em grupos sobre um determinado problema ou questão. Houve também criação de perfis de Instagram para abordar assuntos pertinentes ao dia a dia dos alunos e da sala de aula, gerando bom engajamento, e sendo possível a participação dos alunos na elaboração das publicações. Desta forma, foi possível perceber diversos desdobramentos, que proporcionaram aos estudantes desafios e experiências que poderão aplicar no ensino presencial ou como recurso auxiliar no ensino e aprendizagem.