Rede pela transição : conectando pessoas e saberes para a sustentabilidade ambiental

Abstract

A pandemia do novo coronavírus demonstrou ainda mais a insustentabilidade ambiental à qual a sociedade está inserida. A Educação tem papel cada vez mais importante nesse cenário desafiador, com a adaptação ao contexto de isolamento e distanciamento social. Assim, a utilização do ciberespaço e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) foi uma das principais estratégias adotadas por escolas e ambientes não formais de ensino no intuito de minimizar o impacto da pandemia às atividades educacionais. Por isso, vários são os desafios educacionais como, por exemplo, tentar transpor para o ciberespaço a rotina escolar e conseguir o engajamento dos estudantes. É de suma importância na Educação, bem como na Educação à Distância, que o estudante consiga aplicar o conhecimento ministrado à sua realidade. Para tal, o educador precisa ser capaz de prover essa aplicabilidade aos mais diversos saberes, de modo que a inter e transdisciplinaridade se fazem ainda mais necessárias. A Agroecologia tem práticas, metodologias e arcabouço teórico com potencial para contribuir com uma educação mais contextualizada com as necessidades cotidianas, com a realidade da educação domiciliar e com o tema da sustentabilidade. Diversas práticas da Agroecologia, como o cultivo de alimentos, ajudam a minimizar os impactos socioeconômicos e psíquicos da pandemia, pois promovem a segurança alimentar e o contato com a natureza. Assim, esta pesquisa desenvolveu uma Plataforma virtual e uma jornada de aprendizagem para construção do conhecimento agroecológico e a formação continuada de multiplicadores tanto na educação formal quanto não formal. A Plataforma surgiu inicialmente como uma demanda de um espaço virtual que fosse capaz de promover e ampliar a atuação da Rede pela Transição, movimento da sociedade civil que surgiu na pandemia do SARS-CoV-2 para fortalecer experiências teórico-práticas em Agroecologia. O produto dessa pesquisa foi bem avaliado por educadores formais e não formais de diversos espaços de ensino e também por integrantes da Rede como sendo importante ferramenta para trocas de saberes agroecológicos, com potencial para contribuir com uma educação para a sustentabilidade ambiental.