Os espaços não formais da região do sub-médio e baixo são francisco como espaços pedagógicos para o ensino de Biologia

Abstract

O estudo da Biologia se caracteriza por toda uma gama de conhecimentos, muitos limitados a teorias e à escola por não oportunizarem maior relação de práticas e contextualização dos fenômenos na natureza. Nesse aspecto, os espaços não formais institucionalizados e os não institucionalizados oportunizam aprendizagens diversas e a interdisciplinaridade, contextualizando e materializando saberes das Ciências da Natureza. Por objetivo, avaliamos o potencial didático-metodológico das visitas aos espaços não formais institucionalizados e não institucionalizados, localizados na região do Sub-Médio e Baixo São Francisco, para orientações ao estudo do Meio Ambiente com a disciplina de Biologia. A pesquisa foi de caráter qualiquantitativa com observações do potencial exploratório dos espaços não formais, em que avaliarmos o potencial didático-metodológico dos espaços não formais da região à disciplina Biologia com o enfoque ao Meio Ambiente. Em uma primeira etapa realizamos visitas a seis espaços da região, descrevendo as suas características e potencialidades para o ensino de Biologia, para o ENEM e com interdisciplinaridade. Na segunda etapa realizamos entrevistas a vinte professores de Biologia da região para identificação por eles de espaços não formais explorados e os conteúdos abordados para compararmos com as habilidades identificadas para o ENEM. Na terceira etapa analisamos as entrevistas para organizarmos roteiros que, na quarta etapa, utilizamos na construção de um manual de estratégias a aulas em espaços não formais. Nosso levantamento identificou diversos espaços, urbanos e não urbanos, abertos, predial ou mista com alto potencial ao ensino aprendizagem de Biologia, a exemplo de Museus, Hidroelétricas, usina de Energia Eólica, Estações de Tratamento de Águas e de Esgotos, Trilhas Ecológicas e Praças com interdisciplinaridade a História, Geografia, Física, Química, Sociologia, Matemática, dentre outras, a depender do enfoque dado, o que afirma o quanto é possível um ensino integrado para maior compreensão dos fenômenos e das consequências das ações do homem ao ambiente. Assim, foi possível avaliarmos os impactos ao ambiente, as formas de transformação de energia, a biodiversidade e a interação do homem com o ambiente no processo de ocupação urbana das sociedades locais. Os pesquisados lamentam pelas dificuldades financeiras, de biossegurança e de tempo à realização das visitas. Construímos como produto um manual de orientações às visitas a espaços não formais da região, o que colabora com o planejamento de visitas até em outras regiões com espaços semelhantes.