Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34539
Compartilhe esta página
Título: | Pensar no outro : a influência da prática indutiva no desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes |
Autor(es): | PIRES, Michelle França Dourado Neto |
Palavras-chave: | Psicologia Cognitiva; Indução; Empatia; Crianças - Desenvolvimento; Escola; Família |
Data do documento: | 28-Fev-2019 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | A técnica indutiva consiste em proporcionar um estado de reflexão, no qual o sujeito é incentivado a tomar a perspectiva do outro e observar como suas ações podem interferir no estado físico e emocional de outra pessoa. Tradicionalmente, o uso dessa técnica e seus efeitos para o desenvolvimento têm sido investigados no contexto familiar, em situações que a criança emite ou está prestes a emitir algum comportamento inadequado. Recentemente, tem sido proposto que essa técnica pode ser utilizada em outros ambientes de socialização, como a escola, com a finalidade de oportunizar o desenvolvimento da empatia e comportamento prossocial e a redução do bullying. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo principal investigar se a técnica indutiva, utilizada no contexto familiar, é eficaz para promover o desenvolvimento da empatia e comportamento prossocial da criança e se uma intervenção escolar baseada nessa técnica favorece o avanço dessas habilidades. Além de investigar a influência dos fatores sociodemográficos, diferenças culturais e de outras técnicas disciplinares parentais consideradas punitivas. Para tanto, foram realizados cinco estudos empíricos compostos por 220 crianças e adolescentes brasileiros e portugueses e seus respectivos responsáveis. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Técnica de Disciplina Parental (ETDP) para avaliar técnica disciplinar parental, a Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes (EECA) para mensurar a empatia, o Jogo ditatorial para medir o comportamento prossocial, a Escala de Comportamentos de Bullying (ECB) para avaliar o bullying e o Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) para mensurar problemas emocionais e de comportamento e os comportamentos prossociais das crianças e adolescentes. Resultados indicaram que enquanto em Portugal o uso da indução pelos pais estava associado ao desenvolvimento da empatia nas crianças, essa associação não foi observada na amostra brasileira. Por outro lado, tanto no Brasil como em Portugal, não foi verificada nenhuma relação entre o uso dessa técnica e o comportamento prossocial das crianças. No que concerne a intervenção realizada na amostra brasileira, em contexto escolar, baseada na técnica indutiva, de modo geral os resultados indicaram que as crianças que participaram do programa apresentaram maiores níveis de empatia e redução no bullying relacional após a intervenção quando comparadas com o grupo controle. Por fim, foi verificado que a prevalência da técnica indutiva ou de uma técnica punitiva no contexto familiar não influenciou os efeitos da intervenção. Esses dados são discutidos com base na literatura sobre empatia, comportamento prossocial e bullying, sendo destacado que o papel da empatia como um fator de proteção durante o desenvolvimento. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34539 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Psicologia Cognitiva |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Michelle França Dourado Neto Pires.pdf | 3,3 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons