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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31490

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Título: EDIFÍCIO RECIFE: PASSADO, PRESENTE E FUTURO DO RECIFE ATRAVÉS DE ESCULTURAS DOS EDIFÍCIOS DA CIDADE
Autor(es): Araújo, Wallison Rudá Bezerra
Palavras-chave: Cidade; Arte Urbana; Exposição; Narrativas
Data do documento: 4-Mar-2017
Citação: ARAÚJO, W. R. B.
Abstract: A partir da visitação a exposição “Edifício Recife” onde foram apresentadas fotografias de esculturas dos edifícios do Recife, direcionaremos o olhar para certo passado, presente e futuro da cidade e para as relações entre certos sujeitos urbanos com essas obras de arte que, por lei,os edifícios com área igual ou superior a 1000m ² são obrigados a possuírem. Alei n° 7.427 do Código de Obras e Urbanismo do Recife, instituiu essa obrigatoriedade por sugestão do artista Aberlado da Hora, tentando imprimir uma identidade estética na cidade e abrir um mercado para artistas escultores. Essa lei é diretamente influenciada pela lógica das sínteses das artes, onde a cidade é vista como um cenário capaz de integrar harmoniosamente diversas expressões artísticas. Analisando as alterações que a lei sofreu durante o tempo, veremos que elas refletiram a manutenção de uma estética modernista e revelam, ainda hoje, um crescimento imobiliário dominado pelo poder das empreiteiras. Compor o cenário da cidade com obras de arte e favorecer simultaneamente a economia e política aponta para o que George Yúdice chama conveniência da cultura. Na Referida exposição, um detalhe importante direciona a apreciação para narrativas cotidianas: as fotografias não apresentavam nenhuma informação museológica referente ao ano em que foram produzidas, ao tipo de material do qual são feitas ou ao autor que as criaram. Estavam associadas as percepções dos porteiros dos edifícios, sujeitos que mais tem contato diário com essas obras. As narrativas desses indivíduos sinalizam uma sensibilidade esquecida diante da rotina de uma agitada cidade e as diversas formas de dar sentido a essas obras, mesmo que com certo estranhamento e aversão, nos colocam diante da legitimidade que são as apreensões que cada indivíduo possui. Dar atenção a esses depoimentos significa entender que dentro da paisagem, as apreensões que os sujeitos fazem sobre os objetos, principalmente de obras de artes, também estão compondo esse cenário urbano e podem também causar instabilidades nas representações da cidade que são geralmente manipuladas pelos gestores do urbano. O futuro da cidade e o seu uso é problematizado a partir de um concurso promovido pelos artistas criadores da exposição para selecionar projetos de esculturas que contestassem um polêmico empreendimento imobiliário que afetará toda dinâmica sociogeográfica da cidade a ser construído em um grande terreno localizado próximo a um bairro histórico do Recife. As estratégias dos artistas para envolver o público e a forma como o concurso se estruturou são comparadas nesse trabalho as típicas ações conhecidas no mundo da arte como “artivistas”, onde o ativismo, a arte e a política se mesclam para, neste caso, reivindicar uma cidade onde as decisões sobre o espaço público sejam mais democráticas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31490
Aparece nas coleções:(TCC) - Museologia

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