Construção de um modelo etiológico dos comportamentos de risco para os transtornos alimentares para atletas pernambucanos do sexo masculino

Abstract

Identificar fatores associados aos comportamentos de risco para transtornos alimentares - CRTA em atletas é de extrema importância para prevenir e intervir no desencadeamento de distúrbios alimentares nessa população. Sendo assim, o objetivo do estudo foi construir um modelo etiológico dos comportamentos de risco para os transtornos alimentares para atletas pernambucanos. Participaram da pesquisa 128 atletas do sexo masculino com idades entre 12 e 30 anos, vinculados a equipes esportivas do estado de Pernambuco, com regime de treino de no mínimo 8 horas semanais. A investigação foi conduzida em duas etapas: realizou-se as aferições de medidas antropométricas (massa corporal e estatura), composição corporal, preenchimento de dados demográficos e aplicação de 12 questionários que avaliavam a insatisfação corporal e checagem corporal, sentimentos de burnout, estado de humor, ansiedade competitiva, autoestima, estresse, estilo de liderança do treinador, estratégias de coping, nível de coesão de grupo, motivação, relação treinador-atleta e; foi analisada possível relação dessas variáveis com os CRTA. Conduziu-se a modelagem de equação estrutural para se construir o modelo etiológico dos CRTA. Os achados indicaram que a insatisfação e checagem corporal mediou a relação entre o percentual de gordura corporal, estado de humor, sintomas de burnout, relação treinador-atleta e os CRTA (F(6, 122)=51,89; p=0,01). Sendo assim, a construção do modelo etiológico para os CRTA em atletas foi de extrema importância para os treinadores e profissionais que atuam no esporte. Podendo ser utilizado para elaboração de programas de intervenção e prevenção que visem reduzir a magnitude de problemas mentais em atletas.