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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29603
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Título: | Intervenções no Bairro do Recife sob a lógica do city marketing: o caso do Projeto Porto Novo |
Autor(es): | ESPOSITO, Daniella Felipe |
Palavras-chave: | Intervenção; Conservação; Patrimônio; City Marketing |
Data do documento: | 3-Mar-2017 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | O presente trabalho visa mostrar que o patrimônio cultural, notadamente o ambiente construído do Bairro do Recife e seu entorno, focando a região lindeira à frente d’água, está sendo tratado sob a lógica do desenvolvimento urbano contemporâneo, lógica empresarial do planejamento estratégico, passando a ser visto e utilizado como mercadoria a ser consumida; um grande nicho de mercado onde o conceito de “Cidade Genérica” pode ser perfeitamente aplicado. O Bairro foi escolhido como o elemento focal desta pesquisa, por resguardar a pedra fundamental da cidade, lugar primeiro, inicialmente como ancoradouro e posteriormente como cidade portuária, originando a atual cidade do Recife. No entanto, apesar da sua importância enquanto célula-mater da cidade, ao longo dos anos, especialmente a partir do final do século XIX, início do século XX, tem passado por inúmeras transformações, de diversos níveis e escalas. Esse fato teve início com questões relativas às atividades ligadas ao Porto: engenhos de açúcar e indústrias têxteis, as últimas necessitando de equipamentos mais modernos, para que a cidade e, ou, o Estado se tornasse um polo nesse setor. A área passou por momentos de degradação, por inúmeros motivos. Acredita-se que o tipo das atividades desenvolvidas, consideravelmente específicas e para um público restrito, contribuiu para a situação. Assim, não era atrativa como destino final, tampouco como residência à população diversificada, mas a grupo definido representado no geral por trabalhadores de instituições públicas, portuários, prostitutas, etc. Recentemente, momentos de ascensão motivados pela “redescoberta” e investimento no local, promoveram um novo tipo de ocupação: i. plano de Revitalização do Bairro do Recife, tendo como polos de lazer as Ruas do Bom Jesus e do Apolo; ii. implantação do Projeto Porto Digital, trazendo um parque tecnológico de referência nacional e mundial; iii. inserção de infraestrutura, a exemplo da abertura da Avenida Alfredo Lisboa, permitindo a circulação de veículos para e pelo Bairro. Sem incentivo governamental, mas não menos importante, houve a criação do Polo Moeda, onde teve início o movimento MangueBeat, mantendo-se até hoje. Atualmente o Bairro passa por mais um momento de transformação, dado pelo projeto intitulado Porto Novo Recife, que realiza intervenções em edificações que serviam ao porto. Sua localização em área estratégica da cidade – central e lindeira à frente d’água – atrai os interesses de investidores, fazendo com que empreendedores, incentivados pelo governo local, invistam na cidade, criando um novo polo terciário, que sirva a uma camada da população não elencada pelos antigos moradores e frequentadores do lugar, mas por outra classe social da cidade e pelos turistas, que podem consumir o que é ofertado, incluindo-se nesse consumo áreas de uso público na sua essência, de valor cultural. Diante disso, observa-se que as alterações realizadas no lugar, focando-se nas mais recentes, não levam em conta importantes pressupostos da Conservação Integrada, passando a ser enfatizado o Urbanismo Contemporâneo. |
Descrição: | SANTOS, Lúcia Leitão, também é conhecida em citações bibliográficas por: LEITÃO, Lúcia |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29603 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Desenvolvimento Urbano |
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