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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27895

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Título: Falso parâmetro da pessoa pública
Autor(es): CASSIANO, Jonas Mário Nascimento
Palavras-chave: Personalidade (Direito); Direitos fundamentais; Privacidade; Direito à privacidade; Liberdade de expressão; Liberdade de imprensa; Conflitos de normas (Direito) - Brasil; Direito Civil
Data do documento: 14-Fev-2017
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: A presente dissertação estuda os direitos da personalidade, em especial o direito à privacidade, diante da já clássica problemática que envolve o conflito normativo que há entre estes e a liberdade de imprensa, bem como as liberdades comunicativas, de um modo mais amplo. Constrói-se a pesquisa, porém, não sobre uma hipótese genérica de conflito entre os dois direitos, mas tomando por ponto central do trabalho o denominado parâmetro da pessoa pública, alcunha que atecnicamente se confere aos agentes públicos-políticos, atores e atrizes, esportistas, celebridades e pessoas que, em razão do seu modo de vida ou da profissão que exerça, receba extraordinária atenção das demais pessoas, circunstâncias que fazem os olhos da sociedade mirar a vida das pessoas públicas, a ponto de arbitrariamente desconsiderar sua privacidade e os seus ínsitos direitos da personalidade, à razão de que o interesse público justificaria quaisquer intromissões. Com o objetivo de desconstruir o estigma da pessoa pública, o que se acredita ser um falso parâmetro, apresenta-se aspectos comuns à pessoa humana, que implicam juridicamente no reconhecimento da sua necessária tutela, instrumentalizados no princípio da dignidade da pessoa humana e nos direitos da personalidade, propriamente. Frente ao fato de que a problemática identificada é a intromissão não consentida da vida privada da pessoa humana, passa-se ao estudo contemporâneo do direito da privacidade, confrontado às peculiaridades da sociedade da informação, potencializadas pelo avanço das comunicações no âmbito da internet. O exercício das atividades de imprensa ganha, com a internet, imensurável propulsão, e se configura forte ameaça à privacidade da pessoa pública, evidenciando o conflito normativo retratado. A solução a que chega o trabalho passa pela confirmação de que os direitos da personalidade são próprios à pessoa humana, independentemente do contexto social em que esteja inserida. Nega-se a ideia de que possa haver um direito fundamental preferencial prima facie, característica comumente atribuída às liberdades comunicativas, e, defendendo-se a equivalência entre os direitos fundamentais, afirma-se que não deve haver, de pronto, qualquer argumentação no sentido de que as liberdades comunicativas devem prevalecer quando em conflito com o direito à privacidade. O estudo enfrenta, ainda, o aspecto econômico da violação à privacidade das pessoas públicas, o argumento da censura e faz as necessárias distinções entre interesse público, interesse do público e curiosidade popular. A pesquisa explora a produção bibliográfica que há sobre o tema, como também a respectiva produção jurisprudencial. Constata-se, ao fim, a imperiosa desconstrução do falso parâmetro da pessoa pública e a aplicação do critério do mínimo desnudamento, segundo o qual a intromissão do olhar alheio na vida privada da pessoa pública deve ocorrer não somente no que disser respeito ao que seja de legítimo interesse público, não se justificando a violação à privacidade por interesse do público ou curiosidade popular.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27895
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Direito

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