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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25560
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Título: | Urbanismo da alteridade |
Autor(es): | STORCH, Andrea Melo Lins |
Palavras-chave: | Urbanismo da alteridade; Ética da alteridade; Propriedades arquitetônicas urbanas; Predicados espaciais da alteridade |
Data do documento: | 13-Mar-2017 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | A identificação de relações entre o modo de as pessoas, das classes média e alta, habitarem as cidades brasileiras, geralmente em condomínios verticalizados sem contato com o exterior, e o lado sombrio do individualismo (TAYLOR, 2011) que explica a necessidade de viver entre os supostamente iguais, conduziu esta tese a construir um alinhamento teórico entre o urbanismo e a filosofia. A indiferença quanto ao Outro, ou seja, o desconhecido habitante do espaço público, decorre de ele ser compreendido, prioritariamente, como hostil (DERRIDA, 1974; LEITÃO, 2009) posto que ele, reduzido ao mundo do sujeito (morador), é, assim, identificado. Tal posicionamento diante do Outro reflete uma ética que nasce do sujeito (Eu) e que tem a Ontologia como seu substrato (fatores como os de ordem socioculturais e econômicos são consequentes dessa condição). Esta tese apresenta outro fundamento, aquele desenvolvido pelo filósofo lituano Emmanuel Lévinas (1906-1995), que propõe uma inversão e traz a ética para a condição primeira da filosofia, ao postular a ética da alteridade. A noção é que se deve coexistir e responder à interpelação do Outro independentemente de quem ele seja, uma vez que ele não é objeto de apreensão do sujeito. Deriva daí o questionamento que impulsionou o desenvolvimento desta tese: existem propriedades arquitetônicas urbanas embasadas na ética da alteridade? A hipótese é de que existem, mas elas aindanão foram identificadas. Configura-se, assim, o seu objetivo: identificar os princípios da ética da alteridade que possam relacionar-se às propriedades arquitetônicas urbanas para propor predicados espaciais da alteridade. Os objetos de análise selecionados foram duas correntes do pensamento do urbanismo: (i) a funcionalista, por meio do Documento elaborado no IV Congresso de Arquitetura e Urbanismo (CIAM): a Carta de Atenas, e (ii) a humanista, por meio dos Documentos elaborados pelo grupo de arquitetos urbanistas Team 10 nos dois últimos Congressos de Arquitetura e Urbanismo – IX e X CIAMs: a Carta do Habitat e o Documento de Doorn.Ainda foi objeto da vertente humanista a contribuição crítica de Jane Jacobs contida no seu livro Morte e Vida nas Grandes Cidades Americanas (1961). Utilizou-se o método de análise de conteúdo (BARDIN, 1977) sobre as propriedades arquitetônicas urbanas do recorte espacial referente à relação entre as edificações (o espaço do sujeito), os espaços de limiar (a ética) e os espaços públicos (o espaço do Outro). Os resultados foram relacionados às bases filosóficas da ética da alteridade. Finalmente, demonstra-se que seus fundamentos integram as duas correntes distintas do urbanismo expressas em diferentes predicados espaciais da alteridade. A sombra acolhedora das edificações que se suspendempara as diferentes pessoas e a aproximação solidária daquelas edificações que se dobram para todos, dentre outros, fazem face ao recebimento do Outro,de modo a favorecer a coexistência ética. |
Descrição: | GONÇALVES, Norma Lacerda, também é conhecida em citações bibliográficas por: LACERDA, Norma |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25560 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Desenvolvimento Urbano |
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