Análise tomográfica de espessura de pilares de reforço da face para determinar fixação óssea

Abstract

O presente estudo tem como objetivo avaliar a espessura e parâmetros ósseos dos pilares de resistência da face através da TCFC. Para isso, foi realizado um estudo observacional de corte transversal, onde foram avaliadas, por meio do software ImageJ/Fiji, 80 tomografias de feixe cônico de pacientes hígidos e determinados três regiões de avaliação para cada pilar, nasomaxilar e zigomático-maxilar, de ambos os lados da maxila (direito e esquerdo). Foi determinado um volume cúbico de interesse (VOI) em cada área de interesse (A, B e C) em cada pilar avaliado. O plug-in BoneJ foi usado para avaliar o volume ósseo (VO), fração de volume ósseo (VO/VT), espessura trabecular (Tb.Th) e espaçamento trabecular (Tb.Sp). Os valores de média e desvio padrão da escala de cinza dentro de cada VOI (Volume de interesse) foram adquiridos através da ferramenta histograma e ferramenta de mensuração linear foi utilizada para aquisição da espessura óssea. Para análise dos dados, utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk e os testes de Mann-Whitney ou T de Student para comparação das variáveis. O nível de significância adotado foi de 0,05. Foi verificada diferença estatisticamente significativa na espessura total dos pilares, além de maior espessura das trabéculas, espessura da cortical e maior volume ósseo quando os gêneros foram comprados, sendo os pilares do gênero masculino de maior espessura e densidade óssea. Quando comparados os lados da maxila, a diferença foi de aproximadamente 14,25% entre a espessura total dos pilares do lado direito (5202,00) e os do esquerdo (4461,50). Além disso, também foi observado diferença de 6% entre a espessura das trabéculas na comparação dos lados, verificando-se trabéculas significativamente mais espessas no lado direito (2,785), quando contraposto ao lado esquerdo (2,618), indicativo de maior densidade óssea. Foi observado também, maior espessura de cortical e espessura total dos pilares no lado direito. O pilar nasomaxilar, quando observado isoladamente, apresentou em sua primeira região de análise as mesmas características observadas no pilar zigomático-maxilar, sendo a mais inferior a de maior espessura e com características de osso de maior densidade, ocorrendo diminuição progressiva de densidade do volume ósseo, onde a região A apresentou maior média de densidade (VO/TV), seguido da região B e da região C assim como menor espessura total e espessura cortical dos pilares. Portanto, pode-se concluir que o lado direito possui maior espessura e densidade óssea em relação ao lado esquerdo, o gênero masculino possui maior espessura e densidade óssea e que o limite inferior desses pilares é a melhor localização para osteossíntese baseado nos parâmetros ósseos dos pilares.