Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66505

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorARAUJO, Lorraine Marie Farias de-
dc.contributor.authorDOMINGOS, Christian Carvalho-
dc.date.accessioned2025-10-13T16:02:49Z-
dc.date.available2025-10-13T16:02:49Z-
dc.date.issued2025-08-22-
dc.date.submitted2025-09-23-
dc.identifier.citationDOMINGOS, Christian Carvalho. Estado, racismo e territórios: enchentes de 2022 como expressão da desigualdade racial no Recife/PE. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Serviço Social) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66505-
dc.description.abstractO presente trabalho discute como racismo estrutural e ambiental somados à ação seletiva do Estado brasileiro contribuíram para a vulnerabilização de territórios majoritariamente integrados pela população negra, intensificando os impactos das enchentes ocorridas em maio de 2022 na Região Metropolitana do Recife, em específico, a cidade do Recife. A partir da perspectiva do materialismo histórico-dialético, busca-se compreender como a estrutura do Estado brasileiro, constituída desde a colonização com base em interesses da elite branca e burguesa, é historicamente conivente com a produção de desigualdades raciais e territoriais. Parte-se do entendimento de que o racismo não é um fenômeno isolado ou episódico, mas sim uma engrenagem estrutural que organiza o espaço urbano, define o acesso a direitos e naturaliza a morte de pessoas negras em tragédias ambientais. A análise é fundamentada em autores como Stella Paterniani, Lélia Gonzalez, Aníbal Quijano, Maria Lugones e outros pensadores que articulam Estado, raça, território, gênero e classe a partir de uma crítica decolonial e antirracista. No primeiro capítulo, é traçado o conceito de Estado capitalista, patriarcal e racista, partindo da teoria marxista e da colonialidade do poder, evidenciando como a construção da branquidade estatal molda as políticas públicas e estrutura desigualdades profundas. Aborda-se ainda a intersecção entre gênero e raça, destacando o apagamento das mulheres negras das esferas institucionais e epistemológicas, bem como os impactos específicos sobre seus corpos. No segundo capítulo, a análise se volta à formação socioespacial do Recife, evidenciando como o histórico de urbanização racializada, herança direta da escravização e das políticas de higienização e exclusão urbana, molda a geografia da cidade. As enchentes de 2022, longe de serem desastres naturais inevitáveis, são interpretadas como tragédias anunciadas, cujos efeitos recaem desproporcionalmente sobre populações negras e periféricas. A omissão do Estado na prevenção e resposta a esses eventos é apontada como uma expressão do racismo ambiental. Destaca-se ainda como leis históricas, como a Lei de Terras de 1850, o Código Penal de 1890 e a Constituição de 1934, contribuíram para a exclusão da população negra do acesso à terra, à cidadania e aos direitos sociais, perpetuando a marginalização econômica e territorial. Por fim, propõe-se que a luta antirracista deve considerar o território como espaço fundamental de resistência e reivindicação de justiça racial e socioambiental.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/pt_BR
dc.subjectBranquidadept_BR
dc.subjectColonialidadept_BR
dc.subjectDivisão Racial do Espaçopt_BR
dc.subjectRacismo Ambientalpt_BR
dc.titleEstado, racismo e territórios: enchentes de 2022 como expressão da desigualdade racial no Recife/PEpt_BR
dc.typebachelorThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2814971250432356pt_BR
dc.degree.levelGraduacaopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0517874820409184pt_BR
dc.description.abstractxThis paper discusses how structural and environmental racism, combined with selective action by the Brazilian state, contributed to the vulnerability of territories predominantly inhabited by the black population, intensifying the impacts of the floods that occurred in May 2022 in the Recife Metropolitan Region. From the perspective of historical-dialectical materialism, we seek to understand how the structure of the Brazilian state, established since colonization based on the interests of the white bourgeois elite, has historically been complicit in the production of racial and territorial inequalities. The starting point is the understanding that racism is not an isolated or episodic phenomenon, but rather a structural mechanism that organizes urban space, defines access to rights, and naturalizes the death of black people in environmental tragedies. The analysis is based on authors such as Stella Paterniani, Lélia Gonzalez, Aníbal Quijano, Maria Lugones, and other thinkers who articulate state, race, territory, gender, and class from a decolonial and anti-racist critique. The first chapter outlines the concept of the capitalist, patriarchal, and racist state, based on Marxist theory and the coloniality of power, highlighting how the construction of state whiteness shapes public policies and structures profound inequalities. It also addresses the intersection between gender and race, highlighting the erasure of black women from institutional and epistemological spheres and the specific impacts on their bodies. In the second chapter, the analysis turns to the socio-spatial formation of Recife, highlighting how the history of racialized urbanization, a direct legacy of slavery and policies of urban sanitation and exclusion, shapes the geography of the city. The floods of 2022, far from being inevitable natural disasters, are interpreted as tragedies foretold, whose effects fall disproportionately on black and peripheral populations. The state's failure to prevent and respond to these events is pointed out as an expression of environmental racism. It is also noteworthy how historical laws, such as the Land Law of 1850, the Penal Code of 1890, and the Constitution of 1934, contributed to the exclusion of the black population from access to land, citizenship, and social rights, perpetuating economic and territorial marginalization. Finally, it is proposed that the anti-racist struggle should consider territory as a fundamental space for resistance and the demand for racial and socio-environmental justice.pt_BR
dc.subject.cnpqÁreas::Ciências Sociais Aplicadaspt_BR
dc.degree.departament::(CCSA-DSS) - Departamento de Serviço Socialpt_BR
dc.degree.graduation::CCSA-Curso de Serviço Socialpt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.degree.localRecifept_BR
dc.identifier.orcid0009-0003-4589-1791pt_BR
Aparece nas coleções:(TCC) - Serviço Social

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TCC Christian Carvalho Domingos .pdf1,05 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons