Relação entre aptidão física e qualidade de vida de participantes do projeto vida ativa, UFPE.

Abstract

Introdução: O envelhecimento populacional traz desafios à manutenção da qualidade de vida, destacando-se a importância da aptidão física funcional para a autonomia e saúde de mulheres adultas e idosas. Objetivo: Analisar a relação entre aptidão física funcional e a percepção de qualidade de vida das participantes do Projeto Vida Ativa, bem como verificar a correlação entre essas variáveis. Métodos: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado com 35 mulheres acima de 45 anos, participantes do Projeto Vida Ativa da UFPE. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, de aptidão física (Senior Fitness Test – SFT) e de qualidade de vida (SF-36). As análises foram realizadas no SPSS, incluindo estatística descritiva, teste de normalidade e correlações, adotando nível de significância de p < 0,05. Resultados: Observou-se desempenho intermediário na aptidão física, com melhores resultados em força muscular e menores em flexibilidade e agilidade. Quanto à qualidade de vida, os domínios limitação por aspectos emocionais (82,85 ± 34,65), capacidade funcional (76,71 ± 20,93) e saúde mental (74,51 ± 18,23) apresentaram maiores escores médios, enquanto dor (28 ± 24,22) e aspectos sociais (45,35 ± 17,43) apresentaram menores. A análise de correlação indicou associação moderada e significativa apenas entre a capacidade cardiorrespiratória e o domínio global da qualidade de vida (rho = 0,45, p = 0,017; Teste de Spearman). Conclusão: Houve correlação moderada e significativa entre a capacidade cardiorrespiratória e a qualidade de vida geral, indicando que melhor aptidão física funcional está relacionada à melhor percepção de qualidade de vida das participantes do Projeto Vida Ativa, UFPE.