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Título : Impacto da hiperglicemia no decorrer da infecção pelo sars-cov-2
Autor : Santana, Luiz Claudio
Palabras clave : Hiperglicemia sars-cov-2
Fecha de publicación : 1-abr-2024
Citación : Referência: SANTANA, Luiz Claudio Carneiro de. IMPACTO DA HIPERGLICEMIA NO DECORRER DA INFECÇÃO PELO SARS-COV-2. 2024. 28 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Ccs Departamento Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Resumen : A doença por coronavírus, também conhecida como COVID-19, é uma doença infecciosa causada por um vírus denominado síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (Sars-CoV-2). Acredita-se que tenha se originado através de morcegos que posteriormente transmitiu a um hospedeiro conhecido como pangolin e se espalhou para humanos através do contato ou do consumo destes animais. Desde o surto do Sars-CoV-2, vários grupos independentes tentaram esclarecer a sua origem e emergência zoonótica. Foi descoberto na província de Yunnan que o morcego espécie Rhinolophus affinis possui um coronavírus isolado (Bat-CoV) RaTG13, compartilha a identidade de genoma completo mais próxima de 96% com o Sars-CoV-2.  Este coronavírus é o parente mais próximo conhecido do Sars-Cov-2 e que causa a COVID-19  (Andersen et al., 2020; Gupta et al., 2022; Poudel et al., 2020; Zhang et al., 2021) . No final de 2019, 41 pacientes foram acometidos por infecção pulmonar na Província de Wuhan na China. Sete deles tiveram complicações respiratórias e foram em uma unidade de terapia intensiva do Hospital Wuhan Jin Yin-Tan, ainda no início do surto em 12 de dezembro de 2019, quando ocorreu confirmação do diagnóstico de pneumonia de etiologia desconhecida (Wuhan Municipal Health Comission, 2020). Em 26 de Janeiro de 2020, haviam 2.794 casos diagnosticados, destes, 80 foram a óbito e à infecção já havia se espalhado para mais 10 países além da China. Em 11 de Março de 2020, o que tinha começado como um surto de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), causado pelo Coronavírus tipo 2 (Sars-Cov-2), aumentou de forma exponencial e diante da existência de 118 mil casos em 114 países e mais de 4.200 óbitos a OMS declarou a pandemia (Lu; Stratton; Tang, 2020) . Em 25 de março de 2024 o Brasil tem 38.694.221 casos de COVID-19 diagnosticados e 710.996. A Taxa de incidência é de 18.412,9 por 100.000 habitantes e o índice de letalidade é de 338,3 6 por 100.000 Habitantes. Os dados da Região Nordeste mostram que houve 7.551.938 casos confirmados, destes, 136,771 evoluíram a óbito. A taxa de incidência da região foi de 13232,4 por 100.000 habitantes e os índices de mortalidade foram de 239,6 por 100.000 habitantes. Estes dados mostram que em todas as categorias avaliadas (óbitos, incidência e prevalência) a Região Nordeste teve os menores índices do Brasil quando comparado a outras regiões. De 1º de janeiro a 16 de março de 2024 foram notificados 483.357 casos de covid-19 e 2.328 óbitos. Na Semana Epidemiológica (SE) 11, de 10 a 16 de março, foram notificados 48.038 novos casos e 262 óbitos. De acordo com o Painel Coronavírus, esse é o menor número de casos registrado desde a SE 8, período logo após o Carnaval. Apesar da melhora no cenário epidemiológico, com uma média semanal de mortes 100 vezes menor da registrada nos piores momentos da pandemia, a Covid- 19 ainda causa 10,8 vezes mais mortes no Brasil do que a dengue, mostram dados do Ministério da Saúde (Brasil, 2024). A transmissão do Sars-CoV-2 ocorre pela exposição a fluidos respiratórios infecciosos e a exposição pode ocorrer de três maneiras principais: (1) inalação de gotículas respiratórias e partículas de aerossol, (2) deposição de gotículas e partículas respiratórias em membranas mucosas expostas na boca, nariz ou olhos por respingos e sprays diretos e (3) tocar as membranas mucosas com as mãos sujas diretamente por fluidos respiratórios contendo vírus ou indiretamente ao tocar superfícies com vírus. O risco de infecção varia de acordo com a quantidade de vírus a que uma pessoa está exposta, porém a quantidade necessária de Sars-CoV-2 para transmitir a infecção não foi estabelecida (CDC, 2021). Após ser inalado o Sars-Cov-2 se liga às células secretoras ciliadas do epitélio nasal via ACE-2, havendo replicação e propagação viral da doença com uma resposta imune limitada. A maioria dos casos pode ser confundida com sintomas gripais, podendo ser assintomática ou contida pela resposta imune com eliminação da infecção em cerca de 80% dos pacientes em 10-14 dias. Cerca de um quinto de todos os pacientes, pode ter migração para o trato respiratório inferior e desenvolver comprometimento pulmonar difuso com dano alveolar. O vírus entra nas células epiteliais alveolares tipo 2 através do receptor hospedeiro ACE-2 e inicia a replicação, produzindo mais nucleocapsídeos virais. A partir daí os pneumócitos carregados de vírus liberam citocinas, tais como as interleucinas (IL-1, IL-6, IL-8, IL-120 e IL-12), fator de necrose tumoral-α (TNF-α), IFN -λ e IFN-β, CXCL-10, proteína de quimiotaxia de monócitos-1 (MCP-1) e proteína inflamatória de macrófagos-1α (MIP-1α). 7 Essa tempestade de citocinas faz o paciente evoluir para com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) (Calabrese et al., 2020; Xu et al., 2020) . Inicialmente o foco da infecção é o sistema respiratório, porém a tempestade de citocinas desencadeada pela resposta imunológica extrema pode causar lesões em outros órgãos. O fluxo aumentado de citocinas e formação de complexo antígeno anticorpo podem reduzir o fluxo sanguíneo renal, causando isquemia e necrose tubular, impactando em sobrecarga ao pulmão, coração, fígado e pâncreas (Barreto et al., 2023; Gupta et al., 2020; Kusmartseva et al., 2020; Luca et al., 2023; Müller et al., 2021; Sperati, 2020) Medidas estratégicas tem sido utilizadas desde o início da pandemia, objetivando detectar e interromper cadeias de transmissão da doença como forma de reduzir o número de contaminados. Portanto, a detecção rápida, confiável e direta do Sars-CoV-2 é de particular importância para mitigar a disseminação da infecção. Evidentemente, há uma demanda distinta por métodos de prevenção, incluindo ouso de máscara, diminuição da circulação de pessoas, teste/triagem que identifiquem indivíduos com infecções respiratórias agudas ou que tenham sido expostos a vírus respiratórios (CDC, 2021). Níveis elevados de glicemia em pacientes recém hospitalizados com COVID-19 podem ocorrer independentemente do histórico de diabetes. Evidências recentes de estudos experimentais sugerem que o Sars-CoV-2 infecta células β pancreáticas humanas e leva a alterações morfológicas, transcricionais e funcionais (Manique et al., 2022; Matias et al., 2023; Müller et al., 2021) . O que também indica aumento do estresse sistêmico e pode estar associado a um desfecho clínico de maior complexidade (WHO, 2023; Vedantam et al., 2022; Barreto et al., 2023; Yang; Cai; Zhang, 2021;) . Do ponto de vista do distúrbio do metabolismo da glicose, estudos demonstraram que a hiperglicemia está associada a maior incidência de um curso grave de infecção pelo Sars-Cov-2. Estando o paciente sujeito a necessidade de internação e unidade de terapia intensiva, ventilação mecânica invasiva e necessidade de monitoramento da glicemia. O que pode ser um preditor de mortalidade em pacientes com COVID-19 (Barreto et al., 2023; Mamtani et al., 2021; Wang et al., 2020; Yang; Cai; Zhang, 2021) . No contexto do monitoramento e cuidado ao paciente com COVID-19 as diretrizes assistenciais e a organização da prática de atendimento devem estar direcionadas a toda a equipe multidisciplinar envolvida na assistência ao paciente com COVID-19 e não apenas à equipe de enfermagem. Porém, é 8 evidente que esta categoria permanece por mais tempo junto ao paciente, quer seja no tratamento ou cuidado direto à beira do leito. Tendo em vista esta realidade, é necessário que os sistemas de saúde organizem serviços de atendimento e reabilitação multidisciplinares para dar conta de milhares de pessoas que precisarão ser assistidas (Resnick, 2020) .
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63990
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