O Impacto do Programa Mais Médicos na mortalidade em Pernambuco

Abstract

O presente trabalho analisa os impactos do Programa Mais Médicos (PMM) na saúde pública em Pernambuco, com foco na sua implementação e incentivo ao aumento do número de profissionais e seus reflexos no acesso e na qualidade dos serviços de atenção básica. Considerando a má distribuição de médicos e as desigualdades históricas no setor da saúde, o estudo avalia como o PMM tem contribuído para mudanças na mortalidade do estado e na cobertura por atenção básica. Utilizando dados quantitativos e o método de diferenças em diferenças (DID), a pesquisa busca estimar os efeitos diretos do programa na mortalidade dos municípios pernambucanos. Apesar do aumento no número de médicos no estado nos últimos anos, os resultados indicam que o impacto do programa na mortalidade foi limitado, com variações não significativas no estado. Além disso, o estudo destaca a importância de fatores contextuais, como a dificuldade de fixar profissionais médicos, que podem influenciar negativamente os resultados do Programa. O trabalho também reconhece as limitações de uma análise restrita ao contexto estadual e sugere comparações entre estados, com condições semelhantes para uma avaliação mais robusta. Além de destacar outros fatores que podem ter contribuído para o resultado não robusto, como a queda na eficácia do Programa Pacto Pela Vida e a endemia de Zika no estado. Como conclusão, reforça-se a necessidade de aprimorar a gestão de recursos e a melhor distribuição dos médicos para que o PMM alcance seus objetivos de forma mais eficaz, promovendo um impacto positivo e sustentável nos indicadores de saúde da população.