O impacto das microagressões raciais na participação social e desempenho escolar de jovens negras no ensino médio

Abstract

Introdução: O racismo configura-se a partir de uma ficção social, apoiada por meios de comunicação que expõem padrões de imagens públicas, pela indústria cultural e pelo sistema educacional. A mulher, jovem e negra encontra-se numa posição distante do entendimento do corpo e afastam-se de traços que afirmam sua ancestralidade. O espaço escolar, por sua vez, tem sido propagador do racismo e sexismo, tornando-se um instrumento aliado de práticas racista na vida dessas jovens. Métodos: Foi realizada uma pesquisa de campo descritiva exploratória com abordagem qualitativa numa Escola de Referência em Ensino Médio, localizada na região metropolitana do Recife. Resultados:As mulheres negras encaram estereótipos e preconceitos profundamente enraizados que são perpetuados pela cultura popular e pela sociedade em geral. Estudos mostram que alunos que sofrem preconceito têm maior probabilidade de apresentar sintomas de ansiedade e depressão, além de ter um desempenho escolar pior do que seus colegas. Além disso, o racismo pode afetar a saúde mental das pessoas pertencentes a grupos minoritários, o que pode afetar sua capacidade de participar plenamente da sociedade.Conclusão:Percebeu-se, através dos resultados da presente pesquisa, que as microagressões raciais afetaram diretamente as adolescentes pretas nas esferas sociais, escolar e psicológicas.