Suplementação de probióticos Lactobacillus e Bifidobacterium na prevenção e tratamento do diabetes gestacional

Abstract

O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é a patologia mais comum da gestação e apresenta consequências na saúde do binômio: mãe e bebê. O DMG é definido como uma intolerância aos carboidratos que se inicia durante a gestação, sem atender critérios de Diabetes Mellitus (DM) fora da gestação. Os estudos demonstram que mulheres com DMG apresentam disbiose intestinal. Sendo assim, a suplementação de probióticos pode ser uma aliada na prevenção e tratamento dessa patologia. Esse trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura que teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação de probióticos lactobacillus e bifidobacterium na prevenção e tratamento do diabetes mellitus gestacional. Foi realizada através das bases de dados PubMed, BVS e Cochrane Library, com as palavras chaves “gestational diabetes”, “gestational diabetes mellitus”, “pregnancy-induced diabetes” combinados através do operador booleano “and” com os termos “probiotics”, “lactobacillus” e “bifidobacterium” e suas traduções em português e espanhol. Como critérios de inclusão foram selecionados apenas Ensaios Clínicos Randomizados dos últimos 10 anos, nos idiomas inglês, português ou espanhol e com metodologia e resultados bem definidos. Foram selecionados 10 artigos, sendo 5 sobre a suplementação de Lactobacillus e Bifidobacterium na prevenção e 5 no tratamento. Foram observados efeitos positivos nos perfis glicêmicos das gestantes com DMG, indicando que essa suplementação atuaria como um bom tratamento coadjuvante para o DMG. No entanto, não foram observados efeitos na prevenção do DMG, que eram em sua maioria gestantes com excesso de peso. Apenas um estudo com participantes que possuíam doenças alérgicas avaliou o efeito preventivo da suplementação. Também, com exceção de alguns estudos, não foram vistos efeitos em mulheres com e sem DMG, no ganho de peso materno e fetal e também não foram vistos resultados na saúde materna e fetal, avaliados de forma diversificada nos estudos. A suplementação se mostrou segura, com ausência de efeitos colaterais e intercorrências significativas. Sugere-se mais estudos, com diferentes doses e diferentes cepas, em diferentes momentos da gestação, para avaliar possíveis benefícios e implicações nos resultados avaliados.