Candidíase vulvovaginal de repetição - causas, intervenções medicamentosas eprofilaxia: revisão integrativa

Abstract

A Candidíase vulvovaginal (CVV) é uma infecção no trato geniturinário que acomete as mulheres em idade reprodutiva, a reincidência de tal (CVVR) é caracterizada pela repetição de quatro ou mais episódios de CVV no período de 12 meses e estas infecções são em cerca de 70-90% dos casos por espécies do gênero Candida. São descritas clinicamente por prurido e edema vulvar, leucorréia, dispareunia, hiperemia, corrimento, fissuras e eritema vulvovaginal que após o diagnóstico, será indicado uma terapia medicamentosa que pode variar de acordo com a evolução doença, sendo proposto protocolos com base nas classes de antifúngicos. Este trabalho teve como objetivo analisar as causas da recorrência da candidíase vulvovaginal, medidas profiláticas e evolução da intervenções medicamentosas. Diante disso, foi implementada uma revisão integrativa através de consulta em banco de dados como Sciencedirect, National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO), considerando artigos publicados nessas bases de dados no período de agosto de 2017 a agosto de 2022, escritos em português e inglês com disponibilidade de texto completo em suporte eletrônico, publicados em periódicos nacionais e internacionais. A partir de dados obtidos dos estudos foi possível constatar que atividades sexuais e hábitos comportamentais correspondem a 8 dos 13 artigos analisados que relatam causas de CVVR e que medidas profiláticas, como o uso probióticos, foram determinantes para evitar recorrência. Quanto as interveções medicamentosas, foi analisado que ainda se mantém predominante a indicação de terapias com fluconazol e clotrimazol, na qual o fluconazol, quando comparadas a grupos sem tratamentos, é apontado como mais eficaz. Visando a análise epidemiológica é estimado que a prevalência global para CVVR seja de 3.871 a cada 100.000 mulheres, afetando 372 milhões de mulheres ao longo da vida. Logo, conclui-se ao fim desta revisão que a CVVR ainda continua sem indicação elucidada de causa única indicando uma necessidade de maior contribuição científica para que tais sejam estabelecidas e que protocolos de tratamentos e profilaxias sejam mais direcionadas, além da controle no índice de infecções diante dos resultados da prevalência entre mulheres com 24-35 anos que é indicado como grupo com maior índice de levantamento.