Experiência estética na educação básica: uma análise da BNCC e suas propostas para a Arte-educação na primeira etapa do Ensino Fundamental.

Abstract

Este trabalho buscou compreender de que modo a BNCC aborda e propõe o ensino da Arte na Educação Básica na primeria etapa Ensino Fundamental, considerando sua dimensão estética. Para isso, passamos brevemente sobre a história do conceito Estética e, feito isso, elucidamos que nossos conceitos de Experiência Estética se basearam a partir das contribuições de Larrosa (2004) e Dewey (1974). Logo após, trazemos o percurso histórico da Arte-educação no Brasil, esclarecendo suas lutas e conquistas através dos argumentos de Filho (2013) e aquela que é considerada grande nome da Arte-educação no País: Barbosa (1989). Levantamos a hipótese de que a BNCC ao abordar o ensino da Arte para a Educação Básica não leva em consideração sua dimensão estética, que possa propiciar aos educandos uma experiência – nos termos de Larrosa e Dewey citados anteriormente – em arte-educação, capaz de promover uma formação humana e escolar de qualidade. A fim de chegar ao resultado dos nossos objetivos e confirmar – ou não- nossa hipótese, nos apoiamos na abordagem qualitativa de pesquisa, buscando coletar dados através da análise documental e tratá-los pela Análise de Conteúdo. Assim, chegamos aos resultados de que a BNCC, foi construída a partir do desejo de controle das Instituições e Fundações neoliberais sobre a educação brasileira. Além disso, a Base não traz explicitamente os conceitos de Arte nem de Estética, embora proponha um ensino baseado a partir do desenvolvimento de competências através de habilidades. O desenvolvimento dessas deve-se, essencialmente, à atuação do Arte-educador em sala de aula, que precisa achar maneiras de “burlar” o sistema, a fim de – mesmo seguindo as orientações do Documento – desenvolver juntamente com os educandos, uma consciência crítica.